A possibilidade de
rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foi apontada
pelo Ibama e discutida em uma reunião em 11 de dezembro de 2018.
A preocupação com a
barragem consta em uma ata do encontro, que ocorreu em caráter extraordinário
dentro do órgão ambiental de Minas Gerais, que debatia a ampliação das
atividades do complexo Paraopeba.
Houve uma acalorada
discussão, com a comunidade local apontando possíveis abalos hídricos com a
ampliação do complexo. Mesmo assim, o projeto foi aprovado por 8 votos a 1, com
1 abstenção.
A abstenção foi do
representante do Ibama Julio Cesar Dutra Grillo, que alegou que era possível
que a barragem se rompesse e citou exemplos de Mariana, com a barragem de
Fundão. "Casa Branca tem algumas barragens acima de sua cabeça. Muita
gente aqui citou o problema de Mariana, de Fundão, e vocês têm um problema
similar. Ali é o seguinte: essas barragens não oferecem risco zero.
Em uma negligência
qualquer de quem está à frente de um sistema de gestão de risco, aquilo rompe.
Se essa barragem ficar abandonada alguns anos, não for descomissionada, ela
rompe, e isso são 10 milhões de mü, é um quarto do que saiu de Fundão",
dissera Grillo, à época, de acordo com a ata da reunião.
Nova preocupação -
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse sábado (26) que a
chuva e a barragem 6, formada por água, com 1 milhão de mü, são motivos de
preocupação.
A barragem 6 fica ao
lado da barragem 1, que se rompeu na sexta-feira. A Vale disse que está
realizando a drenagem da barragem 6 com o uso de bombas para reduzir a
quantidade de água. A estrutura está sendo monitorada a cada uma hora.
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