Resumo da
notícia
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Apesar
de geralmente ser associado a problemas cardíacos, o colesterol exerce
importantes funções no corpo
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A
variação do nível dessa gordura no organismo para mais ou para menos pode
afetar a saúde de diversas formas
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Além
de aumentar o risco de doenças do coração, a taxa elevada da substância pode
causar disfunção erétil
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Já
o colesterol abaixo do normal pode provocar falta de libido, depressão e
dificultar a produção de vitamina D
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Quando falamos de colesterol
no sangue, logo vem à mente os riscos que essa gordura
oferece ao coração. De fato, quando o nível de LDL (popularmente batizado de
"colesterol ruim"), está nas alturas a pessoa tem maior probabilidade
de ter um problema cardíaco.
No entanto, o
colesterol possui diversas funções no corpo, como participar da produção de
algumas hormônios, e sua variação (para mais ou para menos) pode prejudicar o
organismo de diversas formas, inclusive na hora do sexo. A seguir, mostramos
alguns problemas que podem ocorrer quando a taxa dessa substância está anormal.
1
- Dificuldade de ereção.
Para que o pênis fique
rígido e permaneça "em pé" durante o sexo, precisa estar cheio de
sangue. O LDL alto leva à formação de placas de gordura nas veias e artérias,
dificultando a passagem do sangue —daí que ocorre um ataque cardíaco.
"Mas isso pode
acontecer também nos vasos que irrigam o órgão sexual masculino, que, aliás,
são bem mais finos que os do coração, com cerca de um milímetro de diâmetro.
Esse processo pode causar uma disfunção
erétil", explica o urologista Emilio Sebe Filho,
diretor médico da Clínica Lifemen.
2
- Diminuição da libido.
O colesterol alto
atrapalha sua transa e o baixo além do normal também. Isso porque a
"falta" dessa gordura no organismo pode afetar a produção de
progesterona e a testosterona. "Esses hormônios estão relacionados ao
desejo sexual, infertilidade, impotência e a piora dos sintomas da andropausa,
menopausa e tensão pré-menstrual", explica a endocrinologista Rosália
Padovani, médica assistente da disciplina de endocrinologia e metabologia da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. (Quem
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3
- Problemas na produção da vitamina D.
Quando a pele é exposta
aos raios UV, o colesterol é utilizado pelo organismo para fabricar a vitamina
D,
que atua nos ossos, intestino, rins, coração e sistema imunológico, entre
outros.
"Diante de taxas
reduzidas desse tipo de gordura, o corpo pode ter uma diminuição na
concentração dessa vitamina, o que pode ser contornado com suplementação e
exposição ao sol", diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca, doutora em
endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e
membro da The Endocrine Society, nos Estados Unidos.
4
- Depressão e ansiedade.
Como explicamos, o
colesterol é precursor de várias substâncias do nosso organismo, entre elas a
serotonina, neurotransmissor responsável pelo humor. "Algumas pesquisas
mostram que níveis baixos dessa molécula de gordura no organismo alteram a
química cerebral pela supressão ou redução das taxas de serotonina e que
quantidades muito baixas de colesterol podem estar relacionadas à depressão
que não responde a medicamentos, comportamentos ansiosos, agressivos e
suicidas", afirma Padovani.
5
- Diminuição na disposição.
A diminuição dos
hormônios progesterona, testosterona e DHEA (desidroepiandrosterona) provocada
pela queda no colesterol pode levar a menos vigor físico e mental. "Isso
também pode estar ligado à diminuição nos níveis de vitamina D",
acrescenta Barca.
6
- AVC em mulheres.
Por ser um problema
cardiovascular, não deve ser surpresa para você que a taxa elevada de colesterol
aumenta o risco de AVC (acidente
vascular cerebral). No entanto, o nível baixo da
substância também está associado a uma maior chance de mulheres terem a doença.
Isso foi o que apontou
um estudo
recente realizado por pesquisadores do Hospital Brigham and Women's (EUA) com
quase 28.000 voluntárias. Na pesquisa, aquelas que tinham LDL muito baixo
apresentaram 2,2 vezes mais risco de sofrer AVC do tipo hemorrágico.
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