A autorização para a
indústria produzir medicamentos à base da planta da maconha é apoiada por 75%
da população brasileira, segundo pesquisa do DataSenado, obtida com exclusividade
pelo jornal O Estado de S. Paulo. Outros 20% dos entrevistados disseram ser
contra e 5% não souberam ou preferiram não responder. O DataSenado faz
pesquisas de opinião pública sobre temas em discussão na Casa.
A gestão Jair
Bolsonaro é contra a manipulação da planta no País, mesmo
para fins de pesquisa ou produção de fármacos, e defende uma saída mais
conservadora: facilitar a importação dos medicamentos, além de permitir uma indústria
local que use produtos sintéticos.
O Estado mostrou que o
produto sintético, apoiado por integrantes do governo Bolsonaro, não tem
autorização para pesquisa e comercialização no País. Para isso, depende de aval
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A pesquisa do Senado
mostra que 79% dos entrevistados defendem que medicamentos à base da planta
sejam fornecidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), contra 16%
desfavoráveis e 5% que não souberam ou não quiseram responder. O levantamento
foi realizado por telefone com 2.400 pessoas de todas as Unidades da Federação,
de 14 a 27 de julho, a pedido do gabinete da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Ainda segundo o
DataSenado, 87% dos brasileiros sabem que substâncias retiradas da maconha
podem ser usadas para tratar doenças, mas apenas 9% conhecem alguém que já usou
produtos deste tipo por recomendação médica.
A pesquisa revela que
64% dos entrevistados não defendem que uma pessoa, mesmo com prescrição médica,
plante a maconha em casa, contra 31% que apoiam a medida. Nos casos que acham
possível o plantio em casa, para tratamentos médicos, 90% dizem que autoridades
devem fazer a fiscalização.
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