Tem muita mulher que,
para evitar a gravidez, aposta em táticas pouco ou nada eficazes. Uma delas é
fazer xixi logo após a relação sexual. Você faz parte dessa turma? Se respondeu
que sim, melhor buscar um método
contraceptivo que funcione de verdade, pois ir ao banheiro
depois da transa não ajuda em nada a prevenir uma gestação.
O fato é que o canal
urinário, por onde sai o líquido amarelo, é um; e o canal vaginal, onde se dá a
penetração, outro. São caminhos diferentes e, portanto, a urina e o sêmen não
se encontram.
Por
que fazer xixi não evita a gravidez.
Vamos relembrar as
aulas de biologia: quando o homem ejacula dentro da mulher, os espermatozoides
são lançados no fundo da vagina. De lá, chegam ao colo uterino, atravessam o
útero e nadam em direção às trompas (ou tubos) até atingir seu alvo, o óvulo,
para fecundá-lo.
Já o trajeto da urina é
o seguinte: produzido nos rins, órgãos localizados na porção posterior da
cavidade abdominal, o xixi sai deles pelo ureter e é transportado para a
bexiga, sendo eliminado para o meio externo por meio da uretra.
Mas fazer o
"número um" após a relação sexual tem um ponto positivo: ajuda a
diminuir o risco de infecção
urinária. A explicação é que o líquido promove uma
"lavagem" na uretra, jogando para fora bactérias nocivas que foram
carregadas para a região genital durante a penetração, e que poderiam se
instalar nos microtraumas causados pelo atrito do ato sexual.
Qual
método contraceptivo escolher?
Para quem quer evitar a
gravidez, a solução são os métodos contraceptivos —e já ficou claro que fazer
xixi após a relação não é um deles, certo? A lista de opções é grande. Há, por
exemplo, os de barreira: preservativos feminino e masculino, diafragma, DIU
(dispositivos intrauterino) de cobre ou de prata e espermicidas.
Também tem os
hormonais, como anticoncepcional oral ou injetável, anel vaginal, implante,
adesivo cutâneo e DIU com liberação de hormônio. Já alternativas
comportamentais ou naturais (tabelinha, coito interrompido, sintotérmico -
temperatura basal e muco ovulatório) podem funcionar, mas não são totalmente
eficazes.
A escolha do melhor
método é algo muito individual e deve ser feita em conjunto com o
ginecologista, levando em conta as condições da saúde, o estilo de vida, os
efeitos colaterais, os custos e o perfil de cada mulher.
*** Fontes: Alberto
d'Áuria, ginecologista e obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista; Alexandre
Lobel, ginecologista especialista em reprodução humana do Hospital Israelita
Albert Einstein; Alexandre Pupo, ginecologista do Hospital Sírio Libanês; e
Fabiana Ruas, ginecologista do São Luiz Anália Franco.
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