quarta-feira, 25 de setembro de 2019

TRANSTORNO BIPOLAR PROVOCA OSCILAÇÕES DE HUMOR; SAIBA MAIS...


FONTE: Blog da Saúde, https://www.uol.com.br

O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença que caracteriza-se por episódios repetidos, nos quais o humor e os níveis de atividade do paciente estão significativamente perturbados. Esta alteração consiste em algumas ocasiões, de uma elevação do humor e aumento de energia e atividade (mania ou hipomania) e em outras de um rebaixamento do humor e diminuição de energia e atividade (depressão).

O problema afeta cerca de 1,6% da população geral. A frequência entre homens e mulheres é semelhante, a idade de início é de 20 a 40 anos. Os episódios maníacos geralmente começam abruptamente e duram entre 2 semanas e 4-5 meses. Os episódios depressivos tendem a durar mais tempo, em média 6 meses, raramente mais de um ano.

Após o primeiro episódio, há um risco de aproximadamente 90% de o paciente ter outro episódio em algum momento de sua vida. Dentre aqueles pacientes que apresentam um episódio depressivo, há uma chance de 5 a 15% de que sejam efetivamente bipolares.

Causas.
1. Existe um componente Genético.

2. Alterações cerebrais associadas a desequilíbrio de substancias intracelulares envolvidas na regulação de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e serotonina).

3. Alterações súbitas na estrutura ou na função de áreas cerebrais que participam da regulação do humor.

Sintomas.
Nos episódios maníacos ocorre euforia, aceleração psíquica, irritação que pode levar a agressividade verbal e/ou física. Aumento de energia e redução da necessidade de sono. O pensamento é acelerado com aumento do fluxo de ideias, não consegue falar tudo que vem a mente ao mesmo tempo, não consegue manter a atenção em um único foco, faz várias coisa ao mesmo tempo e não consegue terminar. Os sentimentos podem ser de alegria exagerada e grande euforia ou agitação. Autoconfiança e otimismo extremos, sentimento de poder, influência, inteligência e riqueza. Aumento da libido. Pode achar-se imbuído de poderes ou dons especiais.

Nos episódios hipomaníacos os sintomas são menos severos. O grau de aceleração é menor, o aumento de energia pode ser produtiva, porém a pessoa se dispersa e perde mais tempo com detalhes.
Os episódios depressivos são caracterizados por tristeza, apatia, desânimo e falta de prazer. Lentidão física e psíquica e dificuldade de concentração acabam levando a um raciocínio lento. O pensamento é pessimista, tem preocupações negativas, sentimento de culpa e inutilidade. O sono pode estar diminuído ou aumentado. Pensamentos de morte podem levar ao suicídio.

Qual a importância do apoio familiar?
A família e o paciente necessitam de apoio e psicoeducação para entender o transtorno bipolar.

As medidas psicoeducacionais tem como objetivo dotar o paciente e familiares de conhecimentos teóricos e práticos para compreender e lidar com a doença e suas consequências.

É importante saber as características da doença, os altos níveis de recorrência e a sua condição de cronicidade;

Saber sobre possíveis fatores desencadeantes e ajudar o paciente a encontrar os seus próprios;

Esclarecer sobre os medicamentos enfatizando vantagens do uso e possíveis efeitos colaterais;

Detecção precoce dos sintomas como necessidade diminuída de sono, pensamento rápido e hiperatividade;

Riscos de uso de drogas ilícitas;

Orientar alimentação saudável e atividade física;

Orientar quanto ao tratamento na gravidez;

Alertar sobre risco de suicídio;

Aprender a lidar com o estigma da doença.

Qual o tratamento disponível no SUS e como conseguir os medicamentos?
O tratamento é medicamentoso e psicoterápico. A medicação mais utilizadas são os estabilizadores do humor especialmente o carbonato de lítio, que é oferecido na rede pública de saúde.

O que fazer em caso de uma crise? Como agir para ajudar outra pessoa em caso de crise?
Procurar atendimento médico para avaliação e tratamento. Em casos de depressão grave com risco de vida, deve-se levar ao pronto-socorro. Na mania e na hipomania é preciso convencer o paciente a tomar a medicação. Caso ele recuse, deverá ser avaliado uso de medicação injetável e possível internação para estabilização do quadro.

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