FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).
Em qualquer história os últimos capítulos são os mais interessantes. Portanto, são também os mais esperados. Ainda estou longe de concluir a odisseia imoral protagonizada por ex-dirigentes da Ebal, a mãe rica e inescrupulosa que entregou as filhas Cesta do Povo, espalhadas por todo o Estado, para serem estupradas ao longo de nove anos com direito a centenas de abortos para encobrir um prejuízo que pode ter ultrapassado a R$ 1 bilhão. Oficialmente, levantamento da Secretaria Estadual da Fazenda aponta para um desperdício de R$ 620 milhões.
Confesso, porém, que nossa novela terá um fim. Um fim trágico para a sociedade já que se baseará na escandalosa versão segundo a qual o crime compensa. E quem o dirá não sou eu, mas os fatos. Aliás, os fatos contabilizados até aqui já deixam claro o quanto se tem valorizado – e até venerado – o imundo espécime do malandro oficial.
Nos derradeiros capítulos desta macabra novela vamos mostrar como as vozes que ontem diziam que o roubo contra a Cesta do Povo era um atentado infame à Bahia, hoje estão silenciosas, numa evidência incontestável de que são lenientes com os bandidos que fizeram da empresa seu covil e fonte de enriquecimento ilícito. Já sabemos hoje que ações criminais e administrativas rolam na Justiça contra os supostos delinquentes que conduziram os destinos da Ebal, mas efetivamente ninguém foi (e provavelmente nem será) punido e tampouco o dinheiro surrupiado do erário será devolvido.
Em maio de 2008 (há quase dois anos), o Ministério Público, através do promotora Mariângela Lordêlo da 2ª Vara Especializada em Crimes Contra a Ordem Pública, denunciou os ex-gestores da estatal e pediu a quebra do sigilo bancário deles. O processo, ao que se sabe, encontra-se na Primeira Vara Especializada Criminal da Capital.
Omar Antônio de Britto (ex-presidente da Ebal) e Leôncio Cardoso Neto, ex-diretores, tiveram seu sigilo fiscal quebrado depois de uma intensa batalha jurídica local, pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da CPI instalada na Assembleia Legislativa. Por fim, uma notícia alvissareira: apesar da falta de celeridade jurídica, alguns processos começam a se arrastar. Os ex-diretores da Ebal (voltaremos a nominá-los amanhã) já estão respondendo, dentre outros, por crime de peculato. Com novos subsídios em mãos, só me resta levá-los ao conhecimento da opinião pública. Aguarde-me.
Em qualquer história os últimos capítulos são os mais interessantes. Portanto, são também os mais esperados. Ainda estou longe de concluir a odisseia imoral protagonizada por ex-dirigentes da Ebal, a mãe rica e inescrupulosa que entregou as filhas Cesta do Povo, espalhadas por todo o Estado, para serem estupradas ao longo de nove anos com direito a centenas de abortos para encobrir um prejuízo que pode ter ultrapassado a R$ 1 bilhão. Oficialmente, levantamento da Secretaria Estadual da Fazenda aponta para um desperdício de R$ 620 milhões.
Confesso, porém, que nossa novela terá um fim. Um fim trágico para a sociedade já que se baseará na escandalosa versão segundo a qual o crime compensa. E quem o dirá não sou eu, mas os fatos. Aliás, os fatos contabilizados até aqui já deixam claro o quanto se tem valorizado – e até venerado – o imundo espécime do malandro oficial.
Nos derradeiros capítulos desta macabra novela vamos mostrar como as vozes que ontem diziam que o roubo contra a Cesta do Povo era um atentado infame à Bahia, hoje estão silenciosas, numa evidência incontestável de que são lenientes com os bandidos que fizeram da empresa seu covil e fonte de enriquecimento ilícito. Já sabemos hoje que ações criminais e administrativas rolam na Justiça contra os supostos delinquentes que conduziram os destinos da Ebal, mas efetivamente ninguém foi (e provavelmente nem será) punido e tampouco o dinheiro surrupiado do erário será devolvido.
Em maio de 2008 (há quase dois anos), o Ministério Público, através do promotora Mariângela Lordêlo da 2ª Vara Especializada em Crimes Contra a Ordem Pública, denunciou os ex-gestores da estatal e pediu a quebra do sigilo bancário deles. O processo, ao que se sabe, encontra-se na Primeira Vara Especializada Criminal da Capital.
Omar Antônio de Britto (ex-presidente da Ebal) e Leôncio Cardoso Neto, ex-diretores, tiveram seu sigilo fiscal quebrado depois de uma intensa batalha jurídica local, pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da CPI instalada na Assembleia Legislativa. Por fim, uma notícia alvissareira: apesar da falta de celeridade jurídica, alguns processos começam a se arrastar. Os ex-diretores da Ebal (voltaremos a nominá-los amanhã) já estão respondendo, dentre outros, por crime de peculato. Com novos subsídios em mãos, só me resta levá-los ao conhecimento da opinião pública. Aguarde-me.
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