FONTE: Ivan de Carvalho (TRIBUNA DA BAHIA).
Não é o governador Jaques Wagner que está pressionando o PT e o PR a aceitarem uma aliança que coloque o senador e ex-governador César Borges, presidente estadual do PR, e os políticos republicanos, votos e tempo no rádio e televisão. E que para atingir o objetivo de atrair o PR teria até envolvido na articulação o presidente Lula, com quem Wagner teve uma conversa a respeito, recentemente.
A informação acima não é minha, mas do blog de política Por Escrito. Baseado no que colheu de “um deputado muito próximo ao governador Jaques Wagner, que pediu a omissão de seu nome”, o blog vira tudo de pernas para o ar. Não seria o governador o interessado em incorporar o PR na coligação e o senador César Borges na chapa majoritária, mas o presidente Lula, que estaria para isto pressionando Wagner a fechar o acordo, já que não teria aceito “conversar com o PMDB, cujo líder na Bahia, Geddel Vieira Lima, estaria querendo uma recomposição”.
São informações surpreendentes, a começar pela de que Geddel estaria desejando uma recomposição com o governador e, obviamente, o PT. O ministro certamente terá algo a dizer sobre isto, já que uma simples notícia a respeito prejudica sua candidatura a governador, na medida em que põe em dúvida sua disposição e confiança para a batalha já em curso.O informante do blog assinala que é muito forte no interior a reação das bases petistas ao acordo com Borges.
Aliás, poderia ter dito – isso porque todo mundo sabe – que na cúpula do PT e na bancada federal, sem esquecer a estadual, existe resistência forte, já registrada aqui neste espaço e que, dentre outras razões, levou petistas de proa a lançarem a candidatura de Waldir Pires a senador.
O blog, citando a mesma fonte, diz que “a tática de alianças é o partido que decide em convenção, mas é claro que o governador tem um peso grande no processo”. Mesmo com panos quentes, a frase parece querer mostrar que o poder do governador tem limites.E agora o mais interessante. Wagner está sendo pressionado pela cúpula nacional, “até mesmo pelo presidente Lula”, de quem teria ouvido: “Você não quer o PMDB, que é aliado nacional do PT, e agora também não quer o PR, que é outro aliado nacional?”. A preocupação presidencial aí seria a de reforço ou não da candidatura de Dilma Rousseff a presidente.Já o líder do PT na Assembleia, deputado Paulo Rangel, segundo o mesmo blog, está descrente na aliança Wagner-Borges e convencido de que, se o senador fechar o acordo com Wagner, a coligação também se dará nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. E isto “é o mais grave”, de acordo com Rangel, porque “mais da metade dos deputados eleitos (pela coligação) seriam adesistas e ainda seriam eleitos oposicionistas, como Sandro Régis, Elmar Nascimento e Gracinha Pimenta.
Por esses cálculos do líder, “setores históricos” – ah, a História – ficariam com a minoria das cadeiras, principalmente na Assembleia, situação que poderia ser agravada com a eventual reeleição de César Borges. “Nossa articulação deve ser no sentido de alterar o perfil político do Senado”.
Bem, disse mais o blog, mas basta isso para, provavelmente, desencadear uma pequena tempestade na política baiana. Ou um silêncio de estourar os tímpanos.
Não é o governador Jaques Wagner que está pressionando o PT e o PR a aceitarem uma aliança que coloque o senador e ex-governador César Borges, presidente estadual do PR, e os políticos republicanos, votos e tempo no rádio e televisão. E que para atingir o objetivo de atrair o PR teria até envolvido na articulação o presidente Lula, com quem Wagner teve uma conversa a respeito, recentemente.
A informação acima não é minha, mas do blog de política Por Escrito. Baseado no que colheu de “um deputado muito próximo ao governador Jaques Wagner, que pediu a omissão de seu nome”, o blog vira tudo de pernas para o ar. Não seria o governador o interessado em incorporar o PR na coligação e o senador César Borges na chapa majoritária, mas o presidente Lula, que estaria para isto pressionando Wagner a fechar o acordo, já que não teria aceito “conversar com o PMDB, cujo líder na Bahia, Geddel Vieira Lima, estaria querendo uma recomposição”.
São informações surpreendentes, a começar pela de que Geddel estaria desejando uma recomposição com o governador e, obviamente, o PT. O ministro certamente terá algo a dizer sobre isto, já que uma simples notícia a respeito prejudica sua candidatura a governador, na medida em que põe em dúvida sua disposição e confiança para a batalha já em curso.O informante do blog assinala que é muito forte no interior a reação das bases petistas ao acordo com Borges.
Aliás, poderia ter dito – isso porque todo mundo sabe – que na cúpula do PT e na bancada federal, sem esquecer a estadual, existe resistência forte, já registrada aqui neste espaço e que, dentre outras razões, levou petistas de proa a lançarem a candidatura de Waldir Pires a senador.
O blog, citando a mesma fonte, diz que “a tática de alianças é o partido que decide em convenção, mas é claro que o governador tem um peso grande no processo”. Mesmo com panos quentes, a frase parece querer mostrar que o poder do governador tem limites.E agora o mais interessante. Wagner está sendo pressionado pela cúpula nacional, “até mesmo pelo presidente Lula”, de quem teria ouvido: “Você não quer o PMDB, que é aliado nacional do PT, e agora também não quer o PR, que é outro aliado nacional?”. A preocupação presidencial aí seria a de reforço ou não da candidatura de Dilma Rousseff a presidente.Já o líder do PT na Assembleia, deputado Paulo Rangel, segundo o mesmo blog, está descrente na aliança Wagner-Borges e convencido de que, se o senador fechar o acordo com Wagner, a coligação também se dará nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. E isto “é o mais grave”, de acordo com Rangel, porque “mais da metade dos deputados eleitos (pela coligação) seriam adesistas e ainda seriam eleitos oposicionistas, como Sandro Régis, Elmar Nascimento e Gracinha Pimenta.
Por esses cálculos do líder, “setores históricos” – ah, a História – ficariam com a minoria das cadeiras, principalmente na Assembleia, situação que poderia ser agravada com a eventual reeleição de César Borges. “Nossa articulação deve ser no sentido de alterar o perfil político do Senado”.
Bem, disse mais o blog, mas basta isso para, provavelmente, desencadear uma pequena tempestade na política baiana. Ou um silêncio de estourar os tímpanos.
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