FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).
A esperta mãe do mafioso de Zorra Total cujo filho não consegue esconder a homossexualidade, embora o pai o veja como um macho inveterado, que não resiste a um rabo de saia, é quem está certa. Ela, a velhinha, sabe da “bichiche” (sem preconceitos, tá?) do neto e, indignada, não para de repetir que vai voltar para a Sicília. Agildo Ribeiro, o ator cujo personagem age na maior hipocrisia por não admitir a feminilidade do “bambino”, sabe perfeitamente que não adianta esconder o que está na cara.
A hilária cena me vem à mente enquanto leio parte do relatório da Secretaria Estadual da Fazenda e da CPI da Assembleia Legislativa onde estão registrados os crimes praticados contra a Ebal, administradora da Cesta do Povo, que produziram um rombo, hoje, na casa de R$ 1 bilhão. Seus ex-dirigentes certamente enxergavam a empresa como uma sedutora prostituta de beleza e formosura infindáveis. Esqueceram que se tratava de um patrimônio do baiano. Exploraram-na a tal ponto que a tornaram cadavérica e por pouco a deixaram, literalmente, sem clientes. Arrombaram o cofre da decadente dama como se fossem cafetões e a abandonaram à beira da estrada na esperança de um suicídio.
Os que a depredaram passaram a ter vida fácil, mas a sofrida madame em cujos peitos seus detratores mamaram até a última gota de real, acabou sendo salva pelo atual governo, que a tratava antes como uma vagabunda imprestável.
Deram-lhe um banho de loja (literal, também), fizeram-lhes plásticas nas mais íntimas entranhas e a impediram de rodar a bolsinha, já que um forte padrinho a acolheu. A moça que deu vida fácil para muitos marmanjos, hoje exige que a chamem de senhora. Passaram uma borracha no seu passado. Os estupros, as humilhações, os abortos provocados e as sistemáticas ameaças de assassinato foram esquecidas. Uma composição política foi a responsável por toda metamorfose. Agora me pergunto: a “mãe” de Agildo Ribeiro insiste em retornar à Sicília somente porque o neto é gay.
E nós, vamos para onde? Tenho palpites, mas seria terrivelmente indelicado se os dessem aqui nesse espaço. Leio e releio os relatórios da Sefaz e da AL e vejo as mais contundentes acusações contra mais de uma dezena de ex-diretores da Ebal e de empresários que fizeram da Cesta um imensurável negócio pessoal.
Foram pedidas as quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico deles, mas a maioria se safou. Encabeça a lista o ex-presidente Omar Britto, seguido pelos senhores Geraldo Oliveira, Antônio Mário Dantas, Leôncio Cardoso, Marcus Paiva, Catiuscia Souza, Josemário Galvão, Alexandre Sampaio, Jeovacy Alves Silva Dias e mais Organização do Auxílio Fraterno, Silveira Empreendimentos Ltda e Comasa Construtora Ltda. Há mais bala na agulha para amanhã.
A esperta mãe do mafioso de Zorra Total cujo filho não consegue esconder a homossexualidade, embora o pai o veja como um macho inveterado, que não resiste a um rabo de saia, é quem está certa. Ela, a velhinha, sabe da “bichiche” (sem preconceitos, tá?) do neto e, indignada, não para de repetir que vai voltar para a Sicília. Agildo Ribeiro, o ator cujo personagem age na maior hipocrisia por não admitir a feminilidade do “bambino”, sabe perfeitamente que não adianta esconder o que está na cara.
A hilária cena me vem à mente enquanto leio parte do relatório da Secretaria Estadual da Fazenda e da CPI da Assembleia Legislativa onde estão registrados os crimes praticados contra a Ebal, administradora da Cesta do Povo, que produziram um rombo, hoje, na casa de R$ 1 bilhão. Seus ex-dirigentes certamente enxergavam a empresa como uma sedutora prostituta de beleza e formosura infindáveis. Esqueceram que se tratava de um patrimônio do baiano. Exploraram-na a tal ponto que a tornaram cadavérica e por pouco a deixaram, literalmente, sem clientes. Arrombaram o cofre da decadente dama como se fossem cafetões e a abandonaram à beira da estrada na esperança de um suicídio.
Os que a depredaram passaram a ter vida fácil, mas a sofrida madame em cujos peitos seus detratores mamaram até a última gota de real, acabou sendo salva pelo atual governo, que a tratava antes como uma vagabunda imprestável.
Deram-lhe um banho de loja (literal, também), fizeram-lhes plásticas nas mais íntimas entranhas e a impediram de rodar a bolsinha, já que um forte padrinho a acolheu. A moça que deu vida fácil para muitos marmanjos, hoje exige que a chamem de senhora. Passaram uma borracha no seu passado. Os estupros, as humilhações, os abortos provocados e as sistemáticas ameaças de assassinato foram esquecidas. Uma composição política foi a responsável por toda metamorfose. Agora me pergunto: a “mãe” de Agildo Ribeiro insiste em retornar à Sicília somente porque o neto é gay.
E nós, vamos para onde? Tenho palpites, mas seria terrivelmente indelicado se os dessem aqui nesse espaço. Leio e releio os relatórios da Sefaz e da AL e vejo as mais contundentes acusações contra mais de uma dezena de ex-diretores da Ebal e de empresários que fizeram da Cesta um imensurável negócio pessoal.
Foram pedidas as quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico deles, mas a maioria se safou. Encabeça a lista o ex-presidente Omar Britto, seguido pelos senhores Geraldo Oliveira, Antônio Mário Dantas, Leôncio Cardoso, Marcus Paiva, Catiuscia Souza, Josemário Galvão, Alexandre Sampaio, Jeovacy Alves Silva Dias e mais Organização do Auxílio Fraterno, Silveira Empreendimentos Ltda e Comasa Construtora Ltda. Há mais bala na agulha para amanhã.
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