segunda-feira, 22 de março de 2010

SECRETÁRIO ESTADUAL DA FAZENDA REBATE CRÍTICAS DE GEDDEL...

FONTE: *** Ana Cristina Pereira, CORREIO DA BAHIA.

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, rebateu as críticas feitas pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo Jaques Wagner, publicadas em entrevista publicada no domingo (21) no CORREIO. “ O ministro vive um grande dilema e terá de explicar à população como pode estar na equipe do governo Lula e ser opositor ao governo Wagner”, afirmou.
Entre as críticas de Geddel que é pré-candidato do PMDB ao governo - está a perda de competitividade da Bahia em relação a outros estados no Nordeste. Para o Ministro, o governo do PT, por “incompetência administrativa”, deixou escapar investimentos federais para vizinhos como Ceará e Pernambuco.
Em outro ponto da entrevista, Geddel diz que um dos pontos do debate político nas próximas eleições será a “eficácia da arrecadação na Bahia”. Segundo dados do Conselho Nacional de Política Fazendária, entre 2006 e 2009, a arrecadação do ICMS no estado foi de 17,88%, enquanto a de Pernambuco foi de 41,60%, e a do Piauí, 48,49%.
Segundo Carlos Martins, os números da Bahia foram influenciados pela crise internacional de 2009 e pela queda no preço do petróleo. “Não adianta ficar comparando com estados que têm metade da nossa arrecadação e vivem basicamente do comércio, e que, por isso, foram menos afetados”, afirma.
Professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Oswaldo Guerra chama a atenção para o fato de a queda no ICMS ter acontecido em todo o país. “Entre os estados do Nordeste, a Bahia é o que mais exporta. Quando há uma crise internacional, os exportadores são penalizados”, afirma. Para ele, a questão mais preocupante é a perda de investimentos industriais para estados como Pernambuco. Isto ocorre devido à deficiente infraestrutura logística, sobretudo a portuária.
Procurados para comentar as declarações de Geddel, o governador Jaques Wagner e o presidente do DEM-BA, Paulo Souto, ambos também pré-candidatos ao governo baiano, preferiram não se pronunciar.
SENADO ALERTA PARA A CRISE COMPETITIVA.
O senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) apontou como uma “crise de competitividade” o que vem acontecendo na economia do estado. O parlamentar destacou pontos como a perda de investimentos, o recuo da arrecadação e a falta de investimentos públicos. “A Bahia não está acompanhando a arrecadação dos outros estados. Estamos perdendo até para o Piauí”, afirmou.
Para Antonio Carlos Júnior, outro perigo para as finanças do estado está na pouca capacidade de atrair investimentos. “Nosso porto, por exemplo, é limitado e ultrapassado”, completou. O senador disse ainda que a falta de planejamento fez com que a Bahia perdesse recursos do governo federal. Ele lembrou que em 2007 e 2008, a Bahia teve apenas R$ 902,7 milhões de investimentos do PAC. Já Pernambuco teve mais de R$ 11 bilhões no mesmo período.

*** Notícia publicada na edição impressa do dia 22/03/2010 do CORREIO.

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