FONTE: Lílian Machado (TRIBUNA DA BAHIA).
A Bahia está livre de terremotos e de grandes abalos no solo. Pelo menos, é o que dizem as pesquisas científicas que apontam o Brasil, como um dos lugares sem possibilidade de tremores mais intensos. Apesar das surpresas reveladas pela natureza, a maioria dos estudiosos descarta a ocorrência de terremotos de grande magnitude, como o que aconteceu no Chile nesse final de semana. A tragédia já começa a afetar a relação econômica no setor do turismo entre os dois países. Em Salvador, muitas pessoas cancelaram pacotes de viagem para o país vizinho.
De acordo com o pesquisador do Centro de Geofísica e Geologia da UFBa e doutor em Física da Atmosfera pela Universidade de Londres, Alberto Brum Novaes, é muito difícil ocorrer tremores no Brasil acima da magnitude cinco. Segundo ele, o país, em especial a Bahia, pode apenas sofrer reflexos de terremotos que possam vir a ocorrer com gravidade na região dos Andes. “O que podemos é sentir reflexos, como lustres e copos se batendo e uma janela balançando”, cita, lembrando um terremoto que aconteceu ano passado na região mesoatlântica e causou oscilações em São Paulo.
O fato de o Brasil estar situado no meio da placa tectônica impede que um terremoto da proporção ocorrida no Chile seja registrado no país. “Estamos no meio dessa placa da América do Sul, enquanto o Chile, o Equador, a Colômbia e o Peru estão nas bordas”, diz. Segundo especialistas, o Chile fica na parte sul da placa tectônica, ou seja, em uma área sujeita a terremotos. O fenômeno do último final de semana foi causado pelo choque entre as placas de Nazca, no Oceano Pacífico e a sul-americana, na costa oeste do continente.
Segundo o professor, na Bahia acontecem tremores pequenos, sem sujeição a catástrofes. Esses fenômenos são comuns em cidades como Correntina, mas a magnitude não passa de três. “Isso acontece em áreas onde o solo não é rochoso, mas é arenoso – de barro”, esclarece, citando que pequenos reflexos podem ser notados em prédios mais altos, que podem estalar um pouco. “Só derruba se a casa for de barro”, acrescenta.
Além disso, conforme explica Brum, existem regiões com tendências a pequenos abalos por possuir falhas geológicas, mas não há nada que se transforme em perigo para a população. “Quando acontecem abalos por aqui somente os sismológos podem sentir e mesmo assim muito pouco. Aqui na Bahia só temos sismológos na Pedra do Cavalo”.
Em Salvador, o bairro do Imbuí por ter um terreno arenoso seria um dos poucos a sentir reflexos de terremotos graves em outros países da América. “Mas descartamos perigo”.
O QUE PREOCUPA SÃO AS CHUVAS.
Entre os fenômenos que podem causar desastres na Bahia, o doutor em Física da Atmosfera diz que apenas a chuva, em forte intensidade, destrói casas e provoca transtornos. “As chuvas torrenciais são aquelas que mais devemos nos preocupar. Ainda mais nesse período que está começando, entre os meses de março e maio”, alerta.
TURISMO ABALADO.
Se as ondas sísmicas do Chile que atingiram dois milhões de pessoas no país se não se propagou em sua forma natural no Brasil, pelo menos o turismo forte entre os dois países deve ficar parado nos próximos dias. Segundo Pedro Costa, membro da Associação Baiana de Agências de Viagem (Abav) e dono de agência, vários pacotes de viagem para o Chile já foram cancelados.
Conforme Costa, os chilenos são os que mais visitam a Bahia, depois dos argentinos. A mesma relação existe entre os baianos que também costumam viajar bastante para o Chile. Mas, por enquanto essa relação vai ficar em baixa por causa dos transtornos da tragédia que por sua intensidade fechou o aeroporto de Santiago. “Nossa relação econômica no setor turístico é muito forte, mas infelizmente agora teve sua movimentação parada. Embora não tenha voo direto Salvador – Santiago nossa relação é intensa”, afirma, destacando que os cancelamentos são naturais.
Segundo ele, um grupo de dez pessoas que ia jogar golfe no país suspendeu a viagem e alguns passageiros que tem negócios no Chile “agora por força dessa situação desistiram de viajar”.
Os desastres da natureza tem preocupado os negócios do setor. Os sismológos previram que abalos poderiam ser sentidos no Havaí e em países do Oceano Pacífico. Mas segundo Pedro Costa, ainda não existe perspectiva de baixo movimento para esses países.
“Esses que fazem parte do cinturão de fogo pertencem a zona de risco. Infelizmente estamos vulneráveis a isso , mas o mundo não pode parar e como o que há ainda são suposições não existe expectativa de cancelamentos para esses lugares”, enfatiza.
A Bahia está livre de terremotos e de grandes abalos no solo. Pelo menos, é o que dizem as pesquisas científicas que apontam o Brasil, como um dos lugares sem possibilidade de tremores mais intensos. Apesar das surpresas reveladas pela natureza, a maioria dos estudiosos descarta a ocorrência de terremotos de grande magnitude, como o que aconteceu no Chile nesse final de semana. A tragédia já começa a afetar a relação econômica no setor do turismo entre os dois países. Em Salvador, muitas pessoas cancelaram pacotes de viagem para o país vizinho.
De acordo com o pesquisador do Centro de Geofísica e Geologia da UFBa e doutor em Física da Atmosfera pela Universidade de Londres, Alberto Brum Novaes, é muito difícil ocorrer tremores no Brasil acima da magnitude cinco. Segundo ele, o país, em especial a Bahia, pode apenas sofrer reflexos de terremotos que possam vir a ocorrer com gravidade na região dos Andes. “O que podemos é sentir reflexos, como lustres e copos se batendo e uma janela balançando”, cita, lembrando um terremoto que aconteceu ano passado na região mesoatlântica e causou oscilações em São Paulo.
O fato de o Brasil estar situado no meio da placa tectônica impede que um terremoto da proporção ocorrida no Chile seja registrado no país. “Estamos no meio dessa placa da América do Sul, enquanto o Chile, o Equador, a Colômbia e o Peru estão nas bordas”, diz. Segundo especialistas, o Chile fica na parte sul da placa tectônica, ou seja, em uma área sujeita a terremotos. O fenômeno do último final de semana foi causado pelo choque entre as placas de Nazca, no Oceano Pacífico e a sul-americana, na costa oeste do continente.
Segundo o professor, na Bahia acontecem tremores pequenos, sem sujeição a catástrofes. Esses fenômenos são comuns em cidades como Correntina, mas a magnitude não passa de três. “Isso acontece em áreas onde o solo não é rochoso, mas é arenoso – de barro”, esclarece, citando que pequenos reflexos podem ser notados em prédios mais altos, que podem estalar um pouco. “Só derruba se a casa for de barro”, acrescenta.
Além disso, conforme explica Brum, existem regiões com tendências a pequenos abalos por possuir falhas geológicas, mas não há nada que se transforme em perigo para a população. “Quando acontecem abalos por aqui somente os sismológos podem sentir e mesmo assim muito pouco. Aqui na Bahia só temos sismológos na Pedra do Cavalo”.
Em Salvador, o bairro do Imbuí por ter um terreno arenoso seria um dos poucos a sentir reflexos de terremotos graves em outros países da América. “Mas descartamos perigo”.
O QUE PREOCUPA SÃO AS CHUVAS.
Entre os fenômenos que podem causar desastres na Bahia, o doutor em Física da Atmosfera diz que apenas a chuva, em forte intensidade, destrói casas e provoca transtornos. “As chuvas torrenciais são aquelas que mais devemos nos preocupar. Ainda mais nesse período que está começando, entre os meses de março e maio”, alerta.
TURISMO ABALADO.
Se as ondas sísmicas do Chile que atingiram dois milhões de pessoas no país se não se propagou em sua forma natural no Brasil, pelo menos o turismo forte entre os dois países deve ficar parado nos próximos dias. Segundo Pedro Costa, membro da Associação Baiana de Agências de Viagem (Abav) e dono de agência, vários pacotes de viagem para o Chile já foram cancelados.
Conforme Costa, os chilenos são os que mais visitam a Bahia, depois dos argentinos. A mesma relação existe entre os baianos que também costumam viajar bastante para o Chile. Mas, por enquanto essa relação vai ficar em baixa por causa dos transtornos da tragédia que por sua intensidade fechou o aeroporto de Santiago. “Nossa relação econômica no setor turístico é muito forte, mas infelizmente agora teve sua movimentação parada. Embora não tenha voo direto Salvador – Santiago nossa relação é intensa”, afirma, destacando que os cancelamentos são naturais.
Segundo ele, um grupo de dez pessoas que ia jogar golfe no país suspendeu a viagem e alguns passageiros que tem negócios no Chile “agora por força dessa situação desistiram de viajar”.
Os desastres da natureza tem preocupado os negócios do setor. Os sismológos previram que abalos poderiam ser sentidos no Havaí e em países do Oceano Pacífico. Mas segundo Pedro Costa, ainda não existe perspectiva de baixo movimento para esses países.
“Esses que fazem parte do cinturão de fogo pertencem a zona de risco. Infelizmente estamos vulneráveis a isso , mas o mundo não pode parar e como o que há ainda são suposições não existe expectativa de cancelamentos para esses lugares”, enfatiza.
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