segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MULHERES COM ENXAQUECA TÊM MAIS CHANCES DE ENGORDAR...


FONTE: Por Minha Vida (minhavida.uol.com.br).

Crises de cefaleia na infância favorecem ganho de peso na vida adulta.
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Washington, em Seattle (EUA), descobriu que meninas que sofreram de enxaqueca durante a infância e adolescência são mais propensas a ganhar peso extra durante a vida adulta.


O estudo, publicado na revista Headache, é o primeiro a ligar enxaqueca na infância com ganho de peso. Para chegar a esses resultados os pesquisadores reuniram e analisaram dados de mais de 3.700 mulheres que estavam sendo estudadas em uma pesquisa sobre os resultados da gravidez.


A partir desses dados, eles descobriram que quatro em cada dez mulheres com enxaqueca na infância engordaram uma média de 22 quilos após os 18 anos, em comparação com três de cada dez mulheres que nunca sofreram com dor de cabeça latejante.


É possível que a dor, às vezes acompanhada de náuseas e vômitos, faça com que as mulheres comam de maneira diferente ou façam menos atividade física, mas o estudo não chegou a nenhuma conclusão do tipo.


Os pesquisadores também descobriam que a contrária é verdadeira - mulheres com obesidade têm mais chances de sofrer fortes crises de enxaqueca. Durante a análise dos dados, eles notaram, após a exclusão de outros fatores - como pressão alta e fumo - que o risco de enxaqueca foi ainda maior entre as mulheres acima do peso e as crises, inclusive, ficavam mais fortes conforme a mulher ganhava peso.

SEIS HÁBITOS QUE VOCE DEVE EVITAR PARA NÃO PIORAR A DOR.

A dor de cabeça parece que já faz parte do dia a dia para alguns. São tantas as atividades, os problemas, o estresse e as cobranças que é quase inevitável sentir, ao final do dia, aquelas pontadas latejantes lá no fundo. Pior é quando essas dores passam a ser constantes e intensas. Aí vem aquela sensação de que a cabeça vai explodir, os olhos ficam sensíveis à luz e a qualidade de vida cai muito.


O nome disso? Enxaqueca. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), existem mais de 150 tipos de dor de cabeça. Dentre elas, a enxaqueca é, talvez, a que mais afeta a qualidade de vida dos pacientes. "A enxaqueca é muito mais que uma dor. Dá a sensação de que a cabeça está enorme, pulsando, martelando ou que o cérebro está sendo pressionado num ritmo enlouquecedor.


Tudo passa a incomodar: a luz é uma tortura, os odores são um sacrifício, os sons transformam-se em ruídos ensurdecedores, o estômago revira e os vômitos são a consequência natural. Esse martírio pode durar dias, num vai e vem de intensidade maior e menor que impede a realização da maior parte das atividades do dia", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, da Unifesp.


Segundo a SBC, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com esse problema e, dentre esses, 75% são mulheres. "Muitas podem ser as causas da enxaqueca, desde problemas tensionais, normalmente associados ao estresse, até resultantes de tumores, aneurismas, medicamentos fortes e até ressaca", ensina a especialista.


Uma pesquisa recente publicada na Nature Medicine descobriu que o DNA pode fazer umas pessoas serem mais propícias a ter enxaqueca do que outras. Tudo por conta da presença de um gene conhecido como Tresk, que faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor, inativando-as.


Os especialistas agora estão focados na formulação de um medicamento que ative essa área do cérebro. Quem sofre com a dor insuportável sabe o quanto é difícil ficar simplesmente esperando que ela passe. Mas, para além dos vários tratamentos para o problema, existem alguns hábitos que quem quer se livrar de vez da enxaqueca, deve abandonar.


Confira a lista abaixo:


1. ABUSO DE ANALGÉSICOS.

Quem abusa de analgésicos para se livrar da dor, ou seja, toma mais de um comprimido por semana corre o risco de alimentar a própria dor. "O analgésico bloqueia todos os mecanismos de defesa natural para combate da dor de cabeça.


O uso prolongado e indiscriminado desse tipo de medicamento faz com que o corpo fique dependente do medicamento", explica a neurologista Claudia Klein, especialista do Minha Vida. Em outras palavras, o organismo fica viciado a tal ponto que passa a "produzir" a dor para que o analgésico precise agir.


Além disso, o analgésico também impede a produção de serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, agravando a dor depois de certo tempo. "Muitas pessoas costumam tomar o analgésico ao menor sinal de dor e, assim, se esquecem de tratar o problema. É preciso buscar tratamentos reais com medicação indicada o médico especialista", aconselha Claudia Klein.


2. MÁ ALIMENTAÇÃO.

De acordo com a neurologista, alguns alimentos devem ser evitados por quem sofre de enxaqueca, como, por exemplo, o aspartame, condimentados, leite e derivados, alimentos cítricos, chocolate e café.


"Esses alimentos contêm substâncias que interagem com a bioquímica cerebral do organismo, alterando a ação de determinadas enzimas e diminuindo a quantidade de serotonina, hormônio ligado à enxaqueca", explica Claudia Klein.


Além disso, a especialista afirma que pior do que o consumo desses alimentos, é ficar em jejum por tempo prolongado - mais de 4 horas sem comer - ou ter uma alimentação baseada em frituras e doces, por isso, ter um cardápio equilibrado e controlado é uma ótima medida preventiva.


3. TABAGISMO.

Que fumar é uma bomba para o organismo, todo mundo já sabe. A novidade é que, além de todos os males, a nicotina ainda é associada à alteração da circulação sanguínea e enrijecimento dos vasos sanguíneos, o que, segunda a neurologista Claudia Klein, também pode acabar provocando a enxaqueca.


Além disso, um recente estudo norueguês publicado pela revista médica Neurology avaliou 6 mil estudantes e descobriu que o tabagismo, associado ao sobrepeso e ao sedentarismo, triplica as chances de jovens desenvolverem enxaqueca.


Os autores disseram não ter ficado claro se esses fatores do estilo de vida provocam a cefaleia ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis. Pelo sim, pelo não, é melhor prevenir e ficar longe do cigarro.


4. SER SEDENTÁRIO.

Um dos grandes males da população, os hábitos sedentários afetam em muitos aspectos a qualidade de vida. Além de contribuir para o surgimento de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, o sedentarismo é uma porta aberta para a enxaqueca.


Uma pesquisa conduzida na Suécia demonstrou que pessoas que se envolvem em um programa de atividades aeróbicas apresentam queda significativa na frequência e intensidade das dores de cabeça crônicas e enxaqueca.


O programa de treinamento aplicado na pesquisa consistia em treino de 40 minutos de bicicleta ergométrica praticada três vezes por semana.


"A pessoa que sofre de enxaqueca já tem uma produção baixa de serotonina, e os exercícios físicos estimulam a produção desse hormônio. Se a pessoa não fizer nenhum tipo de atividade que compense essa baixa, vai ser difícil reverter o quadro", explica a neurologista Claudia Klein.


5. CONSUMIR ÁLCOOL.

Como a enxaqueca é um problema de origem vascular, cuja dor é provocada pela contração e dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser uma opção ruim para quem lida com o problema.


A especialista Claudia Klein explica: "As bebidas alcoólicas quando ingeridas em excesso provocam dilatação dos vasos do corpo e do cérebro, o que acaba acentuando o incômodo da enxaqueca."

6. SE RENDER AO ESTRESSE.

Tudo o que gera estresse e desequilíbrio para o organismo pode agravar a enxaqueca de quem já tem predisposição. Trabalho em excesso, ficar sem comer por muito tempo, nervosismo, insônia ou dormir pouco, chateação e outros problemas emocionais podem ser uma porta aberta para a dor incômoda.


Quem sofre com os dramas do estresse, deve procurar tratamento. Buscar métodos, como massagem e acupuntura, e dar mais valor aos momentos de lazer e relaxamento são atitudes importantes.


"A acupuntura é bem eficiente, pois provoca microestímulos que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio de forma natural", garante a neurologista Claudia Klein.

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