FONTE: Carlos Vianna Junior, TRIBUNA DA BAHIA.
A Fifa chegou à conclusão de que
o acarajé das baianas de Salvador não é uma concorrência para um de seus
principais patrocinadores, a rede de fast food McDonald’s. Com isso, a polêmica
que já durava quase um ano chegou a um final, dando ganho de causa às baianas e
seu quitute, que é patrimônio imaterial do Brasil. Ele será
vendido na Arena Fonte Nova, tanto na Copa das Confederações como na Copa do
Mundo de 2014.
A participação das baianas dentro da área
que até então era proibida a sua presença e de seus produtos – um raio de 2 km
das arenas _, está ainda pendente de detalhes. Não se sabe, por exemplo, qual a
quantidade de profissionais que poderão ultrapassar as barreiras da Fifa. É
certo, contudo, que não serão muitas.
Algumas definições já foram anunciadas,
como, por exemplo, a área que as baianas ocuparão na Arena Fonte Nova. Elas não
ultrapassarão as catracas do estádio, ou seja, não ocuparão seus corredores. Em
entrevista à Folha de São Paulo, o secretário estadual para assuntos da Copa,
Ney Campello, deu mais informações sobre este ponto.
“Elas ficarão em quiosques no
chamado ‘comercial display’, uma área acima do edifício-garagem que também terá
estandes e venda de souvenires. Só chegará ali quem tiver
ingresso. É o primeiro ponto de contato do torcedor”, disse. A possibilidade de
o quitute ser levado para as arquibancadas pelos torcedores não foi confirmada
pelo secretário. Ele, no entanto, não acredita que haja nenhum impedimento para
que isso aconteça.
O final da polêmica era esperado
com grande expectativa pelas baianas de acarajé de Salvador. Elas chegaram a
fazer um protesto no dia da inauguração da Arena Fonte Nova, em abril, quando
entregaram uma carta a Dilma Rousseff. Elas queriam que a
presidente lhes ajudasse na questão.
Em razão da importância da
resolução da Fifa para a cultura baiana, a Secretaria Estadual para Assuntos da
Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa) deve fazer seu anúncio oficial em
evento com a presença de autoridades e a da Abam (Associação das Baianas de
Acarajé e Mingau). Na ocasião, serão explicados todos os detalhes sobre a venda
de acarajé na área restrita à Fifa.
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