“Pimenta-do-reino
faz mal?”: toda vez que o assunto é pimenta, a
pergunta surge. Por muito tempo acreditou-se que o tempero mais usado na
cozinha era também um veneno para o bom funcionamento do organismo.
Por que
pimenta-do-reino pode ser prejudicial?
Segundo
a nutricionista Katia Terumi, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, os malefícios da
pimenta estão diretamente relacionados ao sabor ardido, já que os componentes
que causam ardor podem, também, irritar a mucosa que reveste e protege alguns
órgãos, como o estômago e o intestino.
Porém, a nutricionista alerta que o problema não está em consumir o tempero, mas sim em ingerir frequente e excessivamente. Indivíduos que têm sensibilidade gastrointestinal ou sofrem de doenças como gastrite, úlcera ou diverticulite devem evitar a ingestão da pimenta-do-reino.
Benefícios
da pimenta-do-reino
Assim
como todas as pimentas, a pimenta-do-reino tem como um de seus componentes a
capsaicina, substância responsável pelo sabor ardido, mas que também é
considerada anti-inflamatória. “Os benefícios mais descritos
em estudos são relacionados aos efeitos anti-inflamatórios atribuídos a
capsaicina, substância que também é responsável por conferir a ardência à
pimenta”, explica a nutricionista.
Como usar
pimenta-do-reino
Além
de medir o consumo, é importante lembrar que moer o grão na hora é sempre a
melhor opção, já que assim os riscos de contaminação ou adição de produtos e
conservantes são reduzidos. Moedores caseiros são indicados, mas é possível
apenas triturar a semente com o auxílio de um pilão. Para encontrar o grão com
procedência, o ideal é procurá-lo em casas de temperos ou produtos naturais.
Curiosidade:
Todas
as variedades de pimenta-do-reino são provenientes da mesma
semente. A diferença está no processo de colheita secagem.
A pimenta-do-reino verde é colhida antes de amadurecer. Seu sabor é menos picante e é a mais aromática entre todas as variedades.
A pimenta-do-reino rosa é colhida madura, tem um sabor picante e também é muito aromática.
Já a pimenta-do-reino preta é a mais comum e é colhida antes de amadurecer, porém, diferente da verde, é fermentada e depois seca ao sol, processo que a torna picante, porém discreta.
Enquanto a pimenta-do-reino branca é colhida madura, deixada de molho até que solte a pele e depois seca ao sol. Como não é fermentada, o resultado é uma semente bem clara, porém, muito ardida e de sabor forte e característico.
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