FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Uma pesquisa
realizada pela Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriu que uma rede de
linfócitos (células de defesa do governo) é capaz de evitar novas infecções de
herpes genital, após testes feitos com camundongos fêmeas. O vírus do herpes
genital, conhecido como herpes simples ou herpes tipo 2, é transmitido durante
o sexo ou pelo contato com as feridas causadas pela doença.
A descoberta pode
ajudar na criação de novas vacinas contra DSTs (Doenças Sexualmente
Transmissíveis), como o HIV, e melhorar a eficácia da própria vacina existente
contra o herpes. A pesquisa foi publicada na revista "Science
Express", da Universidade
Yale, na quinta-feira (28).
A pesquisa de Akiko
Iwasaki e Norifumi Iijima, professores da Faculdade de Medicina de Yale,
descobriu que isso acontece porque essa rede de linfócitos, ou seja, um grupo
específico de células brancas do sangue, ajuda a reter outros tipos de células
que também protegem o organismo, conhecidas como células T, encontrados na
vagina dos roedores contaminados com herpes tipo 2.
A descoberta sugere
que é exatamente a concentração de células T que inibe a nova infecção pelo
vírus.
"Detetamos a
rede de linfócitos estudando finas camadas de tecido vaginal de camundongos com
vírus do herpes atenuado. [...] Estruturas semelhantes são encontradas em
mulheres que tenham sido infectadas com herpes genital.", disse Iwasaki
que trabalha há dez anos no estudo, em entrevista por e-mail ao UOL.
Não há vacina contra
herpes genital disponível no mundo e as que já foram testadas reforçam a
circulação de células T ao redor do corpo. No entanto, ainda são consideradas
pouco eficazes. A proposta da professora Iwasaki é utilizar tratamentos tópicos
(ou seja, com aplicação no local) para aumentar a quantidade de células T nos
tecidos doentes, além de aplicar a vacina de reforço.
"Agora que
entendemos o comportamento e estrutura [da resposta ao vírus], o nosso objetivo
é permitir que essas células T forneçam proteção imediata contra as ameaças
virais nas mucosas", disse Iwasaki.
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