FONTE: Daniel Mello, Da Agência Brasil, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Levantamento
feito pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) com pacientes da instituição
mostra que 65% dos pacientes fumantes não conseguem largar o cigarro mesmo após
receber o diagnóstico da doença. O coordenador de Apoio ao Tabagista do
instituto, Frederico Fernandes, disse que o resultado da pesquisa foi
surpreendente. "Nós imaginávamos, justamente, que uma pessoa que fumasse,
na hora de receber o diagnóstico de câncer, ficasse motivada a parar, pelo fato
de ter desenvolvido uma doença relacionada ao tabagismo", afirmou em
entrevista à "Agência Brasil".
Segundo o médico, apesar da vontade dos pacientes de largar o tabaco, o vício é muito forte. "Quando a gente conversa com esses pacientes, vemos que eles têm vontade, estão motivados, mas, pelo fato de ter um nível alto de dependência da nicotina, não conseguem parar ou reduzir", contou.
A situação se agrava, de acordo com Fernandes, pelo fato de o cigarro ser uma válvula de escape de grande parte dessas pessoas ao lidar com situações difíceis. "E, muitas vezes, quando a pessoa recebe um diagnóstico como esse, acentua os traços de ansiedade. Com isso, ela acaba não conseguindo largar o cigarro por não conseguir canalizar a ansiedade contra a doença em outra coisa", explica o médico.
Além de ser um fator que contribui para o surgimento do câncer, Fernandes destaca que o cigarro pode atrapalhar o tratamento. "Alguns tipos de quimioterapia têm menor eficácia quando a pessoa continua fumando e recebendo o tratamento", enfatiza. Fumar também interfere na cicatrização e recuperação de cirurgias. "Se uma pessoa é submetida a uma cirurgia, parando de fumar ela tem uma cicatrização melhor e um pós-operatório menos complicado", acrescenta.
Há ainda, segundo o médico, o problema da fragilização do sistema respiratório. "Uma das principais complicações que ocorrem no tratamento de câncer são as infecções respiratórias. E a pessoa que fuma tem chance maior de contrair uma infecção durante o tratamento do câncer".
Por isso, o Icesp montou uma equipe para apoiar os pacientes que querem deixar o cigarro. "Nós temos uma equipe multiprofissional, composta por psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e médicos, que vai dar um tratamento baseado tanto em medidas comportamentais, quanto em medicações, para tentar diminuir o vício", detalha Fernandes.
Uma das principais linhas de atuação do grupo é, justamente, ajudar os fumantes a lidar com a ansiedade sem o tabaco. "Ensinar como lidar com as situações de problema, com o stress do dia a dia, sem precisar recorrer ao cigarro, coisa que muitos deles estão acostumados a recorrer desde a adolescência", explica o médico.
Segundo o médico, apesar da vontade dos pacientes de largar o tabaco, o vício é muito forte. "Quando a gente conversa com esses pacientes, vemos que eles têm vontade, estão motivados, mas, pelo fato de ter um nível alto de dependência da nicotina, não conseguem parar ou reduzir", contou.
A situação se agrava, de acordo com Fernandes, pelo fato de o cigarro ser uma válvula de escape de grande parte dessas pessoas ao lidar com situações difíceis. "E, muitas vezes, quando a pessoa recebe um diagnóstico como esse, acentua os traços de ansiedade. Com isso, ela acaba não conseguindo largar o cigarro por não conseguir canalizar a ansiedade contra a doença em outra coisa", explica o médico.
Além de ser um fator que contribui para o surgimento do câncer, Fernandes destaca que o cigarro pode atrapalhar o tratamento. "Alguns tipos de quimioterapia têm menor eficácia quando a pessoa continua fumando e recebendo o tratamento", enfatiza. Fumar também interfere na cicatrização e recuperação de cirurgias. "Se uma pessoa é submetida a uma cirurgia, parando de fumar ela tem uma cicatrização melhor e um pós-operatório menos complicado", acrescenta.
Há ainda, segundo o médico, o problema da fragilização do sistema respiratório. "Uma das principais complicações que ocorrem no tratamento de câncer são as infecções respiratórias. E a pessoa que fuma tem chance maior de contrair uma infecção durante o tratamento do câncer".
Por isso, o Icesp montou uma equipe para apoiar os pacientes que querem deixar o cigarro. "Nós temos uma equipe multiprofissional, composta por psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e médicos, que vai dar um tratamento baseado tanto em medidas comportamentais, quanto em medicações, para tentar diminuir o vício", detalha Fernandes.
Uma das principais linhas de atuação do grupo é, justamente, ajudar os fumantes a lidar com a ansiedade sem o tabaco. "Ensinar como lidar com as situações de problema, com o stress do dia a dia, sem precisar recorrer ao cigarro, coisa que muitos deles estão acostumados a recorrer desde a adolescência", explica o médico.
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