FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Derivado do soro do
leite, suplemento é muito utilizado por praticantes de atividades físicas regulares.
Uma matéria que foi ao ar no programa Fantástico, da TV Globo, neste
domingo (26), mostrou a realização de testes em diversas marcas de Whey
Protein, suplemento derivado do soro do leite, muito utilizado por praticantes
de atividades físicas e constatou que muitas não apresentam os resultados
nutricionais anunciados em seus rótulos.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) foi
o responsável pela realização dos testes em 15 marcas: EAS, Body Action,
Probiótica, Integral Médica, STN - Steel Nutrition, Solaris, VOXX, Dynamic Lab,
Max Titanium, DNA, Universal, Met-Rx, Sportpharma, New Millen e Nature's Best
e, dentre os testes de qualidade feitos, apenas uma marca estava dentro dos
padrões mínimos para a comercialização do produto: a Met-Rx.
Avaliações.
O primeiro teste avaliou as condições mínimas para que o produto seja
apresentado como Whey, visto que é preciso ter, no mínimo, 10 gramas de
proteína por porção. Neste, todas as marcas foram aprovadas. No segundo, foi
avaliada a quantidade de proteína de cada marca. No entanto, a Solaris
apresentou 31,02% a menos e a VOXX, 28,31% do que o indicado no rótulo.
A terceira avaliação mostrou a quantidade de carboidratos presentes nas
porções e o resultado foi assustador: 11 marcas tinham quantidades diferentes
do apresentado: EAS, Probiótica, Integral Médica, STN, Solaris, Dynamic Lab,
Universal, Sportpharma, New Millen, Nature's Best e VOXX, com destaque para
esta última, que apresentou 300% a mais do que o anunciado.
O quarto teste avaliou a origem da proteína que, por ser derivada do
soro do leite, em tese deveria ser de origem animal. Entretanto o Whey da marca
DNA tinha proteínas derivadas do trigo e da soja. De acordo com o analista
executivo do Inmetro, Walace Cestari, o consumidor está sendo enganado ao
consumir este produto. "Economicamente ela teria um valor menor, mas
também o consumidor está sendo lesado", disse.
A quinta avaliação mostrou as substâncias não declaradas no rótulo pelas
marcas e, em cinco delas (EAS, Probiótica, STN, Max Titanium e Sportpharma), o
Whey apresentava cafeína. Contudo, ao responderem ao Fantástico, as empresas
alegaram que a cafeína veio do Cacau, utilizado como matéria-prima do Whey
Protein. No teste da rotulagem correta, 11 marcas foram reprovadas (EAS, Body
Action, Integral Médica, STN, Dynamic Lab, Max Titanium, DNA, Universal,
Sportpharma, New Millen e Nature's Best).
Respostas.
Em outras respostas sobre a rotulagem, as marcas EAS, Body Action,
Integral Médica, Dynamic Lab, DNA, Universal, Sportpharma, New Millen e
Nature's Best disseram que já corrigiram ou vão corrigir os erros. Por suas
vezes, a Max Titanium e a STN não se explicaram, assim como a DNA.
Por fim, sobre as quantidades de proteína e carboidrato nos suplementos,
as marcas EAS, Probiótica, Integral Médica, STN, Universal e a Sportpharma
questionaram a metodologia utilizada pelo Inmetro. A Solaris também questionou,
mas avisou que já recolheu o lote testado pelo instituto. Já a New Millen alegou
não ver problema no fato de o Whey ter um nível de carboidrato acima da margem
de erro de 20%; a VOXX, que possuía 300% a mais de carboidrato e quase 30% a
menos de proteína do que o informado no rótulo, discordou dos resultados e a
Nature's Best avisou que irá se adequar às normas do produto.
Em entrevista ao Fantástico, a nutricionista Mônica Dalmacio informou que o
Whey Protein é um produto para quem é praticante de atividade física de, pelo
menos, intensidade muito grande. "Se você começar a utilizar grandes doses
por período prolongado, isso traz uma sobrecarga muito grande para os rins e
fígado, podendo vir a ter um problema grave nesses órgãos", disse.
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