Baixar a pressão arterial pode reduzir de forma
significativa o risco de complicações do diabetes tipo 2. Essa foi a descoberta
de uma análise de dados de 40 experimentos que envolveram 100 mil pessoas com
diabetes.
Os diabéticos ficam mais vulneráveis aos efeitos
da hipertensão do que quem não tem a doença. Orientações médicas recentes
sugerem que seja bom manter a pressão sistólica (maior valor verificado durante
a medição) de pessoas com diabetes abaixo de 140 milímetros de mercúrio.
Todavia, um novo estudo descobriu que talvez seja melhor manter a pressão a 130
ou menos.
Publicada no periódico JAMA, a análise descobriu
que a diminuição de 140 para 130 foi associada a uma redução de 13 por cento no
risco de morte. Foi mostrado que essa redução diminui o risco de doença
arterial coronariana em 12 por cento e de derrame em 26 por cento.
Ela também foi associada à diminuição do risco de
retinopatia (doença causadora de cegueira em diabéticos) em 13 por cento e de albuminuria
(condição que indica problemas renais) em 17 por cento.
O Dr. Kazem Rahimi, um dos autores do estudo e
professor adjunto de Medicina Cardiovascular da Universidade de Oxford, afirmou
desconhecer que exista algum benefício em manter o valor abaixo de 130
milímetros de mercúrio. Todavia, "o diabético com leitura de 135 que não
toma medicamentos para pressão alta provavelmente obterá benefícios se
tomá-los", afirmou.
O custo da deficiência de vitamina D.
A deficiência de vitamina D na infância pode estar
associada ao enrijecimento das artérias em pessoas de meia-idade, de acordo com
as descobertas de um estudo finlandês.
O estudo, publicado no periódico The Journal of
Clinical Endocrinology & Metabolism, iniciou nos anos 80, quando as 2.148
crianças e jovens inscritos tinham de 3 a 18 anos. Todos realizaram exames
físicos periódicos, incluindo medições dos níveis de vitamina D, pressão
arterial, níveis de lipídios, dieta, tabagismo e atividade física, e foram
acompanhados até a idade de 45 anos. Os médicos usaram ultrassom para examinar
as artérias, inclusive a carótida do pescoço. O espessamento desses vasos é
considerado um marcador do aumento de risco cardiovascular.
Os níveis que variam de 30 a 50 são geralmente
considerados adequados. A probabilidade de espessamento da artéria carótida
quase dobrou para as crianças com níveis de vitamina D posicionados no último
quartil, aproximadamente 15 nanogramas por mililitros, em comparação com as
crianças com níveis em outros quartis. A associação persistiu após o controle
das variáveis idade e sexo, bem como outros fatores de risco cardiovascular.
"Há muitos dados demonstrando que a
insuficiência de vitamina D é ruim para a saúde. Descobrimos evidências de que
ela também está associada à saúde das artérias", afirmou o Dr. Markus
Juonala, professor de Medicina Interna da Universidade de Turku, na Finlândia.
Os autores reconhecem que as associações estão
apenas relacionadas com a condição das artérias não com problemas cardíacos ou
derrame. "As descobertas não dizem nada sobre doenças cardiovasculares.
Ainda não temos informações a esse respeito", afirmou Juonala.
Parto prematuro associado a risco cardíaco para a
mãe.
O parto prematuro está associado ao aumento do
risco de problemas cardíacos para a mãe, de acordo com as descobertas de uma
análise de estudos.
As complicações da gravidez como a pré-eclampsia,
hipertensão induzida pela gestação e o diabetes gestacional são fatores de
risco de doenças cardiovasculares conhecidos para a mãe. Todavia, essa análise,
publicada no periódico The European Journal of Preventive Cardiology, descobriu
que o parto prematuro em si também aumenta o risco.
Os pesquisadores analisaram 10 extensos estudos
de gestação que envolveram de 3.706 a 923.686 mulheres com períodos de
acompanhamento que variaram de 12 a 35 anos. Todos os estudos compararam
gestantes de partos prematuros de origem espontânea – antes de 37 semanas de
gestação e sem a indução do parto por razões médicas – com as que deram a luz
no tempo certo. Todos os estudos excluíram os casos de pré-eclampsia e
restrição de crescimento intrauterino ou adequaram as variáveis hipertensão e
pré-eclampsia.
Para as mulheres com histórico de parto prematuro
o risco de desenvolver uma cardiopatia isquêmica é duas vezes maior em comparação
com as que não o possuem e a associação não dependia de outros riscos. As
razões para isso permanecem incertas.
"Não quero assustar as gestantes que dão à
luz bebes prematuros. Todavia, é importante que saibamos quem são essas
mulheres. Não estamos afirmando que elas terão incidentes cardíacos",
afirmou Dr. Karst Y. Heida, principal autor do estudo e ginecologista residente
do Centro Médico da Universidade de Utrecht.
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