FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
A
cistite é uma inflamação da bexiga causada, na maioria das vezes, por uma
infecção bacteriana. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à doença, que,
no entanto, é prevalente no sexo feminino, já que as características anatômicas
das mulheres favorecem sua incidência.
“A
cistite apresenta sintomas inconvenientes e desconfortáveis, como necessidade
urgente de urinar com frequência; escassa eliminação de urina e ardor em cada
micção; dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre; febre; e sangue na urina
(em casos mais graves). Além disso, algumas mulheres ainda sofrem por
desenvolver cistites repetidas”, explica o urologista Raphael Moreira.
Mais de
80% dos casos de cistite são causados por uma bactéria que vive no nosso
intestino, chamada Escherichia coli. Eles ocorrem quando estas bactérias,
que deveriam permanecer no trato intestinal, conseguem colonizar a região ao
redor da vagina.
“Muitas
mulheres têm vergonha de apresentar cistite, pois relacionam a doença a maus
hábitos de higiene. Sim, é importante redobrar os cuidados com a higiene
pessoal, mas essa não é necessariamente a causa da cistite”, explica.
O
tratamento da cistite deve ser feito por meio de antibiótico, para evitar a
evolução da doença e também recorrências. Dr. Raphael Moreira afirma que se o
tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. “No entanto,
é fundamental tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo
médico, mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses”.
Para
evitar as dores e o desconforto gerados pela cistite, o especialista dá algumas
dicas para que as mulheres evitem a doença. A primeira delas é beber muita água
e outros líquidos. Urinar com frequência ajuda a expelir as bactérias da
bexiga.
“Não é
indicado reter a urina na bexiga por longos períodos. Além disso, certifique-se
de esvaziou a bexiga a cada ida ao banheiro. Outra recomendação importante é
urinar depois das relações sexuais, o que favorece a eliminação das bactérias
que se encontram no trato urinário”.
Outras
recomendações importantes são evitar roupas intimas muito justas ou que
retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias; e
cuidar da higiene íntima pessoal, principalmente depois de evacuar e na troca
de absorventes higiênicos.
“E
deve-se sempre procurar um médico para ter o diagnóstico correto e a indicação
do tratamento mais indicado. Vale lembrar que a automedicação é sempre
perigosa”, finaliza o urologista.
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