FONTE: Leia Já, TRIBUNA DA BAHIA.
Fumar
maconha na capital dos Estados Unidos passa a ser legal a partir desta
quinta-feira (26.02), mas os conservadores do Congresso buscam bloquear a nova
regulamentação.
A
legalização do consumo de maconha com fins recreativos aprovada no Distrito de
Columbia, como é chamada oficialmente a capital dos Estados Unidos, por grande
maioria em um referendo em novembro (64,6% contra 28,4%), entrou em vigor na
quarta-feira (25.02) à meia-noite (02h00 desta quinta-feira em Brasília).
Três
estados - Colorado (oeste), Washington e, desde terça-feira, o Alasca - já
autorizavam o consumo de maconha. Oregon (noroeste) imitará estes estados em
julho e também legalizará o consumo da substância.
A
partir de agora, a capital de Washington, que tem 650.000 habitantes, autoriza
a posse de pequenas quantidades de maconha, mas não permite sua compra ou
venda.
Os
adultos podem ter até 60 gramas de maconha - o equivalente a 80 cigarros - e
podem cultivar até seis plantas em casa. A venda de cachimbos, narguilé ou
papel de fumo também está autorizada.
"Fumar
em casa. Cultivar em casa" é o novo slogan desta regulamentação que
provocou uma forte rejeição dos conservadores do Congresso.
A
prefeita de Washington, Muriel Bowser, com uma estreita margem de manobra, foi
a primeira a ser criticada. "Os moradores falaram alto e claro quando
votaram para legalizar pequenas quantidades de maconha no Distrito de
Columbia", havia declarado.
O
Distrito de Columbia não é considerado um estado e a maconha permanece ilegal
sob a legislação federal, da mesma maneira que ocorre com a heroína ou o LSD.
Assim,
as forças federais podem prender alguém em posse de maconha em um terreno
federal como, por exemplo, um monumento ou um parque nacional.
Em uma
entrevista na terça-feira ao jornal The Washington Post, Jason Chaffetz,
legislador republicano de Utah e membro do movimento conservador Tea Party,
declarou que se a nova regulamentação for colocada em andamento "o farão
sabendo pertinentemente que estão violando a lei".
Os
republicanos tentaram gerar curto-circuito na nova regulamentação ao incluir no
último minuto na lei orçamentária uma linha que proibia a implementação deste
lei.
Mas a
cidade explicou que já era tarde. A lei foi aprovada em um referendo. No total,
51% dos americanos são favoráveis à legalização, segundo uma pesquisa da Gallup
publicada em outubro.
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