FONTE: Redação (www.bolsademulher.com).
Tire dúvidas sobre o
vírus e a vacina oferecida pelo SUS.
Desde
2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o
vírus papilomavírus humano,
conhecido como HPV. Este vírus é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer
do colo de útero, o segundo tipo mais frequente em mulheres. O médico
oncologista Ellias Magalhães e Abreu Lima, da Oncomed BH, esclarece as
principais dúvidas a doença.
O que é o HPV.
O
papilomavírus humano faz parte de uma família de mais de 150 tipos vírus que
infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. A doença é
sexualmente transmissível e pode causar patologias como a verruga
vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer
de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe.
Sintomas e diagnóstico do HPV.
As
verrugas genitais causam prurido, sensação de queimação e eventualmente
sangramentos durante o ato sexual. O diagnóstico de infecção pelo HPV é feito
através da pesquisa do DNA/RNA do vírus na amostra do tecido da mucosa genital,
anal, oral ou outro local suspeito. Na maioria das vezes só é possível
descobrir a presença do vírus por meio do exame preventivo de
papanicolau.
O que o HPV pode causar.
Os
HPVs são divididos em oncogênicos, aqueles que têm a capacidade de desenvolver
câncer, e os não oncogênicos, não relacionados ao desenvolvimento de
tumores. Alguns subtipos não oncogênicos têm predileção pela pele, neste caso
levando ao aparecimento de verrugas comuns, planas e plantares (nas plantas dos
pés). Outros subtipos atingem as mucosas da região anogenital, como o pênis, o
escroto, a região perianal, o canal anal, a vulva, o introito vaginal e o colo
uterino. Levam ao aparecimento das verrugas genitais (condiloma acuminado).
Contaminação do HPV.
A
principal forma de transmissão do HPV é por meio da relação sexual, seja ela
genital, anal ou oral. Por isso, a maneira mais eficaz de se evitar a infecção
é a abstenção do contato sexual com outra pessoa infectada. O uso correto e
consistente de preservativos diminui as chances de contaminação, mas não
garante que o contágio não vá acontecer.
Tratamento do HPV.
Atualmente
não existem medicamentos capazes de eliminar a infecção pelo HPV.
O tratamento dependerá do tipo de lesão e, no caso do câncer,
da extensão da doença. Remover as verrugas genitais manualmente nem sempre
elimina o HPV e as lesões podem reaparecer. A aplicação de substâncias como
podofilina e ácido tricloroacético são capazes de destruir as verrugas genitais
externas. Contudo, dependendo do tamanho, localização e quantidade das lesões
outras opções terapêuticas podem ser necessárias. São elas: Crioterapia (lesão
por congelamento utilizando-se nitrogênio líquido); eletrocauterização (lesão
por corrente elétrica); laser (lesão por calor).
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