FONTE: Elaine Patricia
Cruz, Agência Brasil (noticias.uol.com.br).
O estado de São Paulo
registrou 729 casos de leptospirose no ano passado, o que significa uma média
de 14 casos por semana. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pelo
Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde. A leptospirose
é causada por bactérias e é transmitida pelo contato das pessoas com a urina de
roedores infectados, tais como ratos e ratazanas. Normalmente o contágio
acontece por meio da água e da lama das enchentes, mas pode ocorrer pelo
contato com esgotos, fossas, lagos e represas. Por isso é importante tomar
muito cuidado com o período de enchentes, comuns nos meses de verão.
Os sintomas da doença
são febre aguda, dores de cabeça e no corpo – especialmente na panturrilha –,
olhos amarelados e urina escura. A doença pode demorar até 30 dias para se
manifestar, após o contato. "A maioria dos casos de leptospirose é branda,
mas entre 8% e 10% dos casos acabam evoluindo para um quadro grave, que exige
internação em UTI, com alto risco de mortalidade caso não se estabeleça um
diagnóstico rápido", disse o médico do Instituto de Infectologia Emílio
Ribas, Jean Gorinchteyn.
Segundo ele, para
evitar a leptospirose é preciso que as pessoas tomem alguns cuidados básicos
como evitar as poças d'água e enxurradas nas calçadas e nas ruas; não
atravessar enxurradas e não se expor à água suja caso comece uma inundação; não
permitir que as crianças brinquem em poças e canaletas de escoamento da água e
nem com a água de enchente; utilizar luvas de borracha para fazer uma higienização
completa, com água sanitária, de tudo o que teve contato com a água suja e
descartar alimentos e medicações que estão em ambientes de inundação, mesmo que
a embalagem não tenha sido violada.
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