FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Será entre os dias 19 a 21 de maio no
Tivoli Ecoresort Praia do Forte, no litoral norte da Bahia.
O
tratamento do câncer feito através de comprimidos (quimioterapia oral), drogas
inteligentes com menos efeitos colaterais, cirurgias cada vez menos agressivas,
exames de diagnóstico mais eficazes que permitem o diagnóstico precoce e
tratamentos cada vez mais individualizados.
Nos
últimos anos, a evolução das técnicas de diagnóstico e tratamento do câncer tem
trazido perspectivas promissoras na oncologia.
Para abordar
os avanços e tendências da área, o NOB promove o 8º Simpósio Internacional
de Atualização em Câncer de Mama e 7º Simpósio Internacional de Atualização em
Câncer Gastrointestinal.
Os
eventos acontecem paralelamente entre os dias 19 a 21 de maio no Tivoli
Ecoresort Praia do Forte, no litoral norte da Bahia.
Os dois
simpósios devem reunir cerca de 500 participantes, dentre médicos
(oncologistas, hepatologistas, coloproctologistas, cirurgiões,
gastroenterologistas, mastologistas e radioterapeutas) e estudantes de
medicina, para discutir os mais recentes avanços da área. Na presidência dos
eventos, a oncologista Gildete Lessa.
A
programação cientifica vai contar com a participação de vários conferencistas
de peso nacionais e internacionais, dentre eles os especialistas Caio
Rocha Lima (EUA), Nicolas Cassis(Chile) e Otto Metzger Filho
(EUA), do Dana Farber Cancer Institute, de Boston, centro de
referência mundial no tratamento do oncológico.
Avanços.
Um dos
desafios da oncologia é garantir a qualidade de vida dos pacientes e aumentar a
sua sobrevida. O desenvolvimento de drogas inteligentes, a chamada terapia
molecular alvo-dirigida, e a imunoterapia têm revolucionado o
tratamento sistêmico da doença, inclusive nos estágios mais avançados.
Atualmente, alguns tipos de tumor já podem ser tratados em casa com o uso de
comprimidos (quimioterápicos orais).
Cada
dia mais os procedimentos cirúrgicos associados à tradicional quimioterapia
para tratamento de alguns tipos de tumores têm sido substituídos por comprimidos
orais. As drogas inteligentes ou drogas-alvo têm maior especificidade e menor
toxicidade, identificam e atacam apenas as células cancerígenas, preservando as
saudáveis, e causando menos efeitos colaterais. No caso da imunoterapia,
são drogas que estimulam o sistema imunológico para que ele reaja contra o
tumor, atacando as células cancerígenas.
"Essas
drogas trazem um avanço considerável e promissor ao tratamento do câncer. São
substâncias indicadas para tumores específicos e permitem um tratamento menos
agressivo, com menos efeitos colaterais, favorecendo a qualidade de vida
do paciente”, afirma a oncologista Gildete Lessa.
A
individualização do tratamento contra o câncer e a combinação da terapia-alvo e
da imunoterapia são tendências da oncologia mundial. Através do estudo do
perfil genético do tumor é possível escolher o melhor tratamento para cada
caso, identificar o risco de recorrência e aplicar a droga certa no momento
mais adequado, evitando efeitos colaterais, muitas vezes, pelo uso de drogas que
não vão ajudar no caso daquele paciente e ainda vão acarretar um custo bem
maior do tratamento.
A
análise do tipo celular do tumor (histologia), do estágio da doença e das
condições do paciente são fundamentais para o médico selecionar qual tratamento
será o mais indicado.
Dados.
Segundo
tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as
mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, de acordo com o
Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para o ano de 2016, a estimativa do Instituto
é de que ocorra 57.960 novos casos no País.
Já
entre os tumores que se desenvolvem no chamado trato gastrointestinal – que se
estende da boca até o ânus e consiste no esôfago, estômago, intestino delgado
(duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (cólon e reto) – entre os mais
frequentes estão o do colorretal, de pâncreas e do estômago. Esses são tipos de
cânceres silenciosos e considerados entre os mais letais por especialistas,
pois provocam metástase, processo em que a doença se espalha pelo organismo
através da corrente sanguínea.
Para
a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer constitui um grande
desafio ao desenvolvimento, comprometendo avanços sociais e econômicos por todo
o mundo. Aproximadamente 47% dos casos de câncer e 55% das mortes por câncer
ocorrem em regiões menos desenvolvidas do mundo.
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