FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Sedentarismo mata 300 mil pessoas por ano no
Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No
Brasil, 300 mil pessoas morrem por ano de doenças associadas ao
sedentarismo. A prática de atividades físicas pode reverter esse quadro.
De acordo com o educador físico e diretor científico do Departamento de
Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP),
Natan Silva Júnior, os exercícios aeróbicos, como a corrida, são os mais
indicados para combater as doenças do coração. “Trinta minutos de
exercícios por dia já seriam suficientes para tirar a pessoa do
sedentarismo”.
Diante
de uma rotina complicada, falta de infraestrutura dos parques e ambientes
públicos, segurança e deslocamento, muitas pessoas não conseguem sair para
correr e acabam se exercitando na esteira ergométrica.
O
especialista ressalta que embora a prática seja benéfica para saúde do corpo e
da mente, existe uma grande diferença em praticar exercícios na academia e
ao ar livre. “Na academia, os fatores meteorológicos não interferem na rotina
do treino. Por outro lado, ao ar livre é possível variar o local onde será
realizado o exercício e isso aumenta o prazer de se fazer as atividades”.
Segundo
a OMS, no mundo, cinco milhões de pessoas morrem por doenças
causadas por falta de atividades físicas. O diretor científico da
Socesp explica que é preciso combater os fatores de risco para diminuir
esses números. A prática de atividades físicas reduz a obesidade e auxilia
na prevenção de doenças cardiovasculares.
O
especialista recomenda para quem pretende iniciar a prática da corrida,
fazer checkup com o médico cardiologista para saber se tem algum
impedimento e condições físicas para iniciar os treinamentos.
Além
disso, reforça que se exercitar em ambos os locais (academia ou ao ar livre),
principalmente nas práticas aeróbicas, agrega benefícios para o coração, como a
melhoria da capacidade de ejeção de sangue para todo o corpo, aumento da
quantidade de vasos sanguíneos no coração e da cavidade cardíaca.
Ainda
sobre a importância da orientação de um especialista, Natan alerta que os
principais riscos de se fazer exercício sem acompanhamento é por conta da
condição de saúde inicial do indivíduo e do excesso de exercício físico, que
pode causar lesões.
O
educador físico explica que na academia é esperado que o indivíduo tenha
orientação de um professor de educação física. “No caso, o iniciante deve
passar por uma avaliação física para que o profissional prescreva os exercícios
e a periodicidade adequada”.
Ao ar
livre, ele ressalta que também é importante que o indivíduo procure algum
profissional de educação física para evitar excessos que possam provocar
futuras lesões articulares e danos mais sérios, como problemas cardíacos.
O
pesquisador reforça que a recomendação é que o praticante faça corrida ou
caminhada e que comece de modo leve, com uma regularidade de três vezes por
semana, com uma duração média de 30 a 40 minutos. “É importante destacar que
exercícios leves e moderados são aqueles que promovem os maiores benefícios
para a saúde cardiovascular”, conclui Natan.
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