FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Publicada pelo Acorda Cidade, site parceiro do
Tribuna da Bahia.
O Dia
Nacional de Luta contra Queimaduras, celebrado nesta segunda-feira (6/6), é uma
data que serve como alerta para todo este mês, em que, especialmente na região
Nordeste do Brasil, cresce o número de acidentes causados pelo manuseio de
fogos de artifício utilizados nos festejos juninos.
Para
que o arrasta pé não acabe antes da hora, o Planserv – Assistência à Saúde dos
Servidores Públicos Estaduais alerta sobre cuidados que podem ser tomados
na prevenção e no tratamento de queimaduras.
Para
evitar problemas, é importante garantir a supervisão constante de crianças
durante o manuseio de fogos de artifício. Além disso, a coordenadora de
Prevenção do Planserv, Angela Nolasco, sugere que as pessoas fiquem atentas às
recomendações dos fabricantes de fogos, evitando comprar os de fabricação
caseira ou clandestina ou transportar/armazenar grandes quantidades de
artefatos, pois “uma explosão, neste caso, pode ser fatal”.
“Não
acender fogueiras jogando álcool ou outro líquido inflamável diretamente nas
chamas é uma decisão inteligente. Além disso, soltar balões é um crime que pode
provocar grandes tragédias”, destacou.
Dicas.
De
acordo com a enfermeira do Núcleo de Feridas do Planserv, Daniele Vieira,
existem três tipos de queimaduras que exigem cuidados diferenciados.
Tanto
no caso da de primeiro grau, em que a pele fica avermelhada, quanto na de
segundo grau, em que há formação de bolhas e a dor é mais intensa, e de
terceiro grau, mais grave, é aconselhável lavar a região afetada em água
corrente por pelo menos cinco minutos para esfriar a pele, e, em seguida,
buscar atendimento médico imediato.
“Mesmo
que não esteja sentido dor, o paciente queimado não deve remover, por conta
própria, tecidos, pólvora, papel ou qualquer objeto que estiver grudado na
pele, para não piorar a lesão. Só o médico saberá como fazer isso da melhor
forma”, explicou a enfermeira.
Outras
dicas importantes são: nunca furar as bolhas, não tocar na área afetada e jamais
usar gelo, manteiga, pomadas, borra de café, clara de ovo, creme dental ou
qualquer outro produto doméstico, ação que pode piorar a lesão ou causar
infecções muito graves.
“A
queimadura também não pode ser coberta com algodão ou qualquer outro material.
E, se as roupas também estiverem em chamas, a pessoa afetada não deve correr.
Ao invés disso, deve deitar no chão e rolar. Um lençol ou pano úmido pode ser
posto sobre a roupa, mas não sobre a pele queimada”, alertou Daniele.
Tratamento.
De
acordo com o cirurgião plástico Carlos Briglia, o tratamento de queimaduras
deve ser feito por quem entende do assunto. “Especialistas em queimaduras e
cirurgiões plásticos capacitados poderão agir de modo a evitar sequelas de
queimaduras, tais como a formação de feridas crônicas, perda de partes
anatômicas do corpo ou até de membros”, disse.
O
médico explicou, ainda, que através de cirurgias plásticas é possível recuperar
a função de membros comprometida pela queimadura. “A aparência da pele, porém,
nem sempre se recupera plenamente”, concluiu. Conforme o Decreto nº 9552/2005,
o Planserv tem cobertura para cirurgia plástica quando comprovadamente
necessária para fins de recuperação de algum órgão ou membros.
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