quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CONSELHO DEFINE DATA PARA ELEIÇÃO À PRESIDÊNCIA DA UNIÃO DE MUNICÍPIOS...

FONTE: Gabriel Silva, TRIBUNA DA BAHIA.

O Conselho da UPB definiu que o pleito vai ser realizado no dia  25 de janeiro, na própria sede da entidade, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

A eleição para a presidência da União de Municípios da Bahia (UPB) já tem data para acontecer. O Conselho da UPB definiu que o pleito vai ser realizado no dia  25 de janeiro, na própria sede da entidade, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). As chapas vão poder se inscrever entre os dias nove e dez de janeiro.
Entre os virtuais candidatos está Eures Ribeiro (PSD). Mas quem também aparece forte nas bolsas de aposta é Reinaldo Braga Filho (PMDB). Filho do deputado Reinaldo Braga (PSL), Reinaldo tem bom relacionamento tanto no Palácio de Ondina, do qual seu pai é aliado na Assembleia Legislativa, quanto do prefeito de Salvador, ACM Neto. A boa relação faz de Reinaldinho uma alternativa para os partidos da base aliada de Rui que querem mais autonomia perante o PT. Durante as eleições deste ano, Reinaldo foi eleito prefeito de Xique-Xique. Ele deve se reunir com o prefeito de Salvador nos próximos dias para tomar a decisão se vai concorrer ao cargo.
Mesmo sem ainda ter tomado uma posição oficial e com o bom relacionamento entre governistas e oposicionistas, nos bastidores Reinaldo Braga já é colocado no embate com Eures Ribeiro. O socialista conta com o apoio do senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, e viu o seu partido sair fortalecido durante as eleições deste ano. Das 415 cidades baianas que elegeram prefeitos no primeiro turno, 82 serão administradas pelo PSD, que conquistou o maior número de prefeituras na Bahia. O número alto deve ser um trunfo para alcançar o cargo.
Aparece na disputa ainda nomes como o do recém-eleito prefeito da cidade de Belo Campo, José Henrique Tigre, conhecido como Quinho. Também filiado ao PSD, ele se coloca como candidato e afirma que vai trabalhar para que os municípios possam assumir o protagonismo.
“Esse é o desafio. Vamos ter que buscar mecanismos que sejam capazes de fazer com que os municípios possam assumir, de fato, o papel federativo. Um total de 80% do que se arrecada fica com a União”, afirmou ele. “Não podemos continuar assistindo o perverso privilégio existente hoje na distribuição de investimentos e obras”, continuou.
Independente de quem vai assumir o posto atualmente ocupado pela prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, o novo presidente terá trabalho, já que os municípios passam por dificuldades. Nos últimos dias, a União aceitou repassar cerca de R$ 5,2 bilhões aos estados e municípios. O montante foi recolhido com a Lei de Repatriação e deve dar fôlego às cidades.
Entre as articulações e incertezas, o certo é que o escolhido para o lugar de Maria Quitéria, atual presidente da União de Municípios da Bahia, vai ter trabalho por conta do momento de instabilidade da economia brasileira. Em conversa com a Tribuna, a presidente da UPB revelou que cerca de 30% das cidades baianas devem fechar o ano com déficit.

Um dos motivos para as contas no vermelho é a queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “É uma situação dos estados do Nordeste, não é só da Bahia. Na região, 99,5% dos municípios dizem ter sentido os efeitos da crise instalada no país, e destes, 81,4% sentiram o impacto na área da educação, e 84,9% disseram sofrer na área da saúde. As consequências dessa crise é o atraso no pagamento”.

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