FONTE: Gabriel Silva, TRIBUNA DA BAHIA.
O Conselho da UPB definiu que o pleito vai ser
realizado no dia 25 de janeiro, na própria sede da entidade, no Centro
Administrativo da Bahia (CAB).
A eleição para a presidência
da União de Municípios da Bahia (UPB) já tem data para acontecer. O Conselho da
UPB definiu que o pleito vai ser realizado no dia 25 de janeiro, na
própria sede da entidade, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). As chapas
vão poder se inscrever entre os dias nove e dez de janeiro.
Entre os virtuais
candidatos está Eures Ribeiro (PSD). Mas quem também aparece forte nas bolsas
de aposta é Reinaldo Braga Filho (PMDB). Filho do deputado Reinaldo Braga
(PSL), Reinaldo tem bom relacionamento tanto no Palácio de Ondina, do qual seu
pai é aliado na Assembleia Legislativa, quanto do prefeito de Salvador, ACM
Neto. A boa relação faz de Reinaldinho uma alternativa para os partidos da base
aliada de Rui que querem mais autonomia perante o PT. Durante as eleições deste
ano, Reinaldo foi eleito prefeito de Xique-Xique. Ele deve se reunir com o
prefeito de Salvador nos próximos dias para tomar a decisão se vai concorrer ao
cargo.
Mesmo sem ainda ter
tomado uma posição oficial e com o bom relacionamento entre governistas e
oposicionistas, nos bastidores Reinaldo Braga já é colocado no embate com Eures
Ribeiro. O socialista conta com o apoio do senador Otto Alencar, presidente do
PSD na Bahia, e viu o seu partido sair fortalecido durante as eleições deste
ano. Das 415 cidades baianas que elegeram prefeitos no primeiro turno, 82 serão
administradas pelo PSD, que conquistou o maior número de prefeituras na Bahia.
O número alto deve ser um trunfo para alcançar o cargo.
Aparece na disputa
ainda nomes como o do recém-eleito prefeito da cidade de Belo Campo, José
Henrique Tigre, conhecido como Quinho. Também filiado ao PSD, ele se coloca
como candidato e afirma que vai trabalhar para que os municípios possam assumir
o protagonismo.
“Esse é o desafio.
Vamos ter que buscar mecanismos que sejam capazes de fazer com que os
municípios possam assumir, de fato, o papel federativo. Um total de 80% do que
se arrecada fica com a União”, afirmou ele. “Não podemos continuar assistindo o
perverso privilégio existente hoje na distribuição de investimentos e obras”,
continuou.
Independente de quem
vai assumir o posto atualmente ocupado pela prefeita de Cardeal da Silva, Maria
Quitéria, o novo presidente terá trabalho, já que os municípios passam por
dificuldades. Nos últimos dias, a União aceitou repassar cerca de R$ 5,2
bilhões aos estados e municípios. O montante foi recolhido com a Lei de
Repatriação e deve dar fôlego às cidades.
Entre as articulações
e incertezas, o certo é que o escolhido para o lugar de Maria Quitéria, atual
presidente da União de Municípios da Bahia, vai ter trabalho por conta do
momento de instabilidade da economia brasileira. Em conversa com a Tribuna, a
presidente da UPB revelou que cerca de 30% das cidades baianas devem fechar o
ano com déficit.
Um dos motivos para
as contas no vermelho é a queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“É uma situação dos estados do Nordeste, não é só da Bahia. Na região, 99,5%
dos municípios dizem ter sentido os efeitos da crise instalada no país, e
destes, 81,4% sentiram o impacto na área da educação, e 84,9% disseram sofrer
na área da saúde. As consequências dessa crise é o atraso no pagamento”.
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