FONTE: *** Jairo Bouer, (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Por que o sexo existe
se organismos assexuados economizam muito mais tempo e energia para se
reproduzir e não precisam de outro ser para gerar descendentes? Essa é uma
questão que os pesquisadores tentam responder há muito tempo. Mas uma equipe da
Universidade de Stirling, no Reino Unido, pode ter matado a charada: o sexo
ajudaria a geração futura a ser mais resistente a infecções.
Algumas espécies
animais e vegetais podem se reproduzir sem sexo – é o caso dos
dragões-de-komodo e das estrelas-do-mar, entre outros. Mas o sexo ainda é a
estratégia dominante para a reprodução na natureza.
Os cientistas sabem
que, pelo sexo, genes se misturam, permitindo que as populações evoluam
rapidamente e se adaptem a ambientes em constante modificação. Mas só isso não
seria suficiente para explicar a supremacia do sexo, já que o processo de
acasalamento dispende muito tempo e energia. O pavão tem que exibir a cauda, o
veado, os chifres, e há animais que literalmente dançam para conseguir copular.
Para medir o
custo-benefício de cada modo de reprodução, os pesquisadores decidiram usar uma
abordagem inovadora: investigar animais que se reproduzem pelo sexo e também
por clonagem – as pulgas-d’água. Esses bichos e seus parasitas foram cultivados
em ambiente controlado para fornecer respostas à equipe.
Os pesquisadores
descobriram que a prole produzida sexualmente apresentava mais que o dobro de
resistência a doenças infecciosas do que os organismos idênticos gerados pela
reprodução assexuada. Os resultados foram publicados no periódico Proceedings
of the Royal Society B. Em outras palavras: sexo dá trabalho, mas compensa.
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