FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Eles beneficiam pacientes com
hiperparatireoidismo secundário, câncer renal e melanoma.
O
Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
liberaram novos tratamentos para pacientes com hiperparatireoidismo secundário,
câncer renal e melanoma.
Agora,
o Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar dois novos remédios para
tratar o hiperparatireoidismo secundário, oriundo de doença renal crônica:
Paracalcitol e Cinacalcete. Os medicamentos são indicados para quem precisa
passar por diálise ou que seja reincidente no tratamento convencional.
Segundo
estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias
ao SUS (Conitec), os dois medicamentos mostraram uma redução de 50% nos níveis
de PTH – hormônios, que controlam os níveis de cálcio, vitamina D e fósforo no
sangue e nos ossos.
Os
resultados também sugeriram que o medicamento paricalcitol pode reduzir os
riscos de hospitalização. Além disso, as pesquisas apontaram uma taxa maior de
sobrevida aos pacientes, se comparado com outros tratamentos.
O
Hiperparatireoidismo secundário é oriundo de doença renal crônica, que se
caracteriza por um desequilíbrio, principalmente dos níveis de paratormônio
(PTH), vitamina D, cálcio e fósforo presentes no sangue e nos tecidos. Nesses
pacientes, as glândulas passam a liberar no sangue uma quantidade de PTH maior
do que a adequada, que é de 150 a 300 pg/ml.
No
Brasil, em 2014, cerca de 45.000 pacientes apresentavam nível de PTH acima do
normal (acima de 300 pg/ml), segundo o censo da Sociedade Brasileira de
Nefrologia. De um modo geral, os sintomas clínicos mais frequentes são: dores
nos ossos e nas articulações, fraturas, deformações esqueléticas, ruptura de
tendões, entre outros. Além disso, o HPTS aumenta o risco de complicações
cardiovasculares e morte.
Câncer renal e melanoma.
Para os
pacientes com câncer renal, a Anvisa autorizou o uso do Opdivo (nivolumabe). O
nivolumabe é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina G4 (IgG4) totalmente
humano que se liga ao receptor de morte programada 1 (PD-1) e bloqueia sua
interação com PD-L1 e PD-L2. Opdivo potencializa as respostas das células T,
incluindo respostas antitumorais, por meio do bloqueio da ligação de PD-1 aos
ligantes PD-L1 e PD-L2.
Além
disso, a agência também liberou o registro do Mekinist (dimetilsulfóxido de
trametinibe) na forma de comprimido para o tratamento de melanomas. O melanoma
cutâneo é a forma mais agressiva de todos os cânceres de pele, com
aproximadamente 232 mil novos casos e aproximadamente 55.000 mortes
relacionadas à doença mundialmente a cada ano.
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