FONTE: Mariana Branco, Repórter da Agência, TRIBUNA DA BAHIA.
Com a crise econômica, no entanto, a parcela desse montante destinada ao consumo tende a ser menor que em anos anteriores, avaliam especialistas.
Terminou na terça-feira (20) o prazo para que as empresas paguem
aos trabalhadores a segunda parcela do 13º salário. A estimativa do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é
que o pagamento integral do salário extra tem potencial para injetar R$ 197
bilhões na economia este ano. Com a crise econômica, no entanto, a parcela
desse montante destinada ao consumo tende a ser menor que em anos anteriores,
avaliam especialistas.
“Tradicionalmente,
sim, pelo menos uma parte [deve ser destinada ao consumo]. Tradicionalmente,
também, grande parte tende a ser para quitar dívida. [A renda extra] sempre é
um estímulo para o comércio, mas não tão grande assim. E este ano deve ser
inferior aos outros anos”, acredita o economista Júlio Miragaya, presidente do
Conselho Federal de Economia (Cofecon).
Miragaya
afirmou que quitar os pagamentos em atraso é a opção mais acertada. “Consumir
com débito no banco não tem jeito”, comenta. O economista Gilberto Braga, do
Ibmec-RJ lembra, ainda, que quanto mais o consumidor demorar a pagar a dívida,
maiores serão os juros.
“A prioridade
é botar a vida financeira em dia, até porque as pessoas que estão endividadas
estão pagando juros, mais caros do que qualquer aplicação do dinheiro do 13°
possa render. Eu imagino que essa vai ser a opção da maioria das pessoas, mas
existe uma parte que coloca a vida em dia de maneira que possa fazer novos
endividamentos”, disse.
O
economista ressaltou que o Natal é uma época de consumo “emocional” e que, por
isso, os recursos do 13° devem também dar fôlego à atividade econômica. “As
pessoas têm necessidade de fazer ceia, presentear familiares. Não é da índole
do trabalhador não festejar”, afirma.
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