Após
o desastre aéreo que matou 19 jogadores e toda a comissão técnica em 29 de
novembro, a Chapecoense trabalha se reconstruir para 2017. E um dos
responsáveis por remontar o elenco é um velho conhecido da casa: João Carlos
Maringá, 53 anos, já participou como dirigente do clube alviverde em 2013 e
2014.
Em
entrevista, o diretor de futebol falou sobre as dificuldades e
responsabilidades da tarefa. Segundo ele, nem todos os clubes que se
solidarizaram e prometeram facilitar o empréstimo de jogadores à Chape estão de
fato ajudando.
"O
Santos disponibilizou uma lista de atletas, mas são aqueles que eles não querem
mais. Essa lista está na internet, é só procurar. Outros clubes também nos
ofereceram da mesma maneira, mas nós não abrimos mão de escolher nossos
jogadores", disse Maringá, elogiando apenas um clube. "O Palmeiras
foi o único que abriu uma lista de jogadores e nos falou: 'Escolham os que lhes
agradam e nós veremos a disponibilidade'", contou.
A
Chapecoense virou o centro das atenções do Mercado da Bola, mas, para Maringá,
as especulações em excesso mais atrapalham do que ajudam na montagem efetiva do
elenco. Até agora, nenhum jogador foi anunciado oficialmente pelo time
catarinense, mas cinco nomes estão acertados: o goleiro Elias, o zagueiro
Grolli, o volante Moisés, o meia Dodô e o atacante Rossi.
"Nós
temos as nossas convicções e isso não vai mudar. Não divulgamos nada que não
esteja certo, com um contrato assinado ou um pré-contrato com uma multa
satisfatória. Ouvimos falar em vários nomes, como Diego Souza, do Sport, mas
nem fomos atrás dele. Ele custa muito, tem multa rescisória alta e quer ficar
no Sport. Eu o queria aqui, mas não tem como. O mesmo caso é o Zé Love, nós
também não fomos atrás, não é o perfil para o momento. Muitos falam do Rafael
Moura, mas o Atlético-MG, não deve liberá-lo. Talvez mais pra frente esses
nomes voltem a figurar em nossas listas, mas por ora, não", afirmou.
Em
2017, a Chapecoense disputará o Campeonato Catarinense, a Primeira Liga, a Copa
Libertadores, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro, a Copa Suruga e ainda
um amistoso contra o Barcelona em agosto.
"Podem
ter certeza de que nosso trabalho será realizado com responsabilidade e honra.
Agora é hora de honrarmos as pessoas que se foram e fazer um trabalho ainda
melhor. Talvez não iremos conseguir o nível que existia, mas a nossa missão é
honrá-los", disse Maringá.
*** Com informações
da Folhapress.
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