FONTE: Ryan F. Mandelbaum (gizmodo.uol.com.br).
Geralmente,
a única coisa que posso dizer ao sentir o hálito de outra pessoa é se ela está
bêbada (ou no máximo a última vez que ela escovou os dentes). Porém, um equipe
internacional de cientistas criou um sistema que pode diagnosticar doenças
apenas usando os componentes químicos que você exala. Ele faz isso ao
identificar uma espécie de impressão
digital de seu hálito.
O
sistema consiste em um “nanoarranjo inteligente artificial” feito com pedaços
de ouro me nanoescala e nanotubos de carbono. Os pesquisadores começaram usando
espectrometria de massa (uma ferramenta que organiza componentes químicos
baseados em como cada um deles interage em um meio) para conseguir analisar 13
componentes químicos que compõem a impressão de nosso hálito.
Então,
eles fizeram 1404 pessoas expirarem em sacos de alumínio duas vezes em um
intervalo de minutos e os enviaram para uma câmara de vácuo que contava com o
sistema de sensores. Eles compararam as assinaturas dos componentes químicos de
17 doenças, que incluem enfermidades como câncer e Parkinson, com a impressão
do hálito de pacientes saudáveis. Nesses casos, a análise do espectrômetro de
massa conseguiu identificar as doenças com 86% de exatidão. Eles publicaram os
resultados no periódico
ACS Nano da American Chemical Society.
O
sistema não “cheira” componentes químicos em individual, mas usa um programa
que analisa combinações únicas dos chamados componentes voláteis no hálito de
um paciente, explica a revista Smithsonian. Esta é
mais ou menos a forma como o nariz funciona, criando um perfume único baseado
em composições químicas.
Os
cientistas esperam estudar ainda mais o assunto, inclusive fazer mais pesquisas
para validar os resultados, e tem planos de desenvolverem uma ferramenta geral
de diagnóstico e eventualmente produzir algo portátil e difundido.
Contanto
que a gente não precise cheirar mais o hálito dos outros, a iniciativa já me
parece ótima.
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