Junto com o inverno vêm as quedas bruscas de temperatura,
a baixa umidade do ar, a aglomeração de pessoas em lugares fechados e, muitas
vezes, o acúmulo de poluentes que facilita a proliferação de vírus. O resultado
disso? Crianças doentes. Os problemas respiratórios são os casos mais comuns
entre os pequenos, pois as crianças são mais vulneráveis do que os adultos por
apresentarem menor imunidade. Quanto mais nova a criança maior chance de ficar
doente.
Entre as doenças de inverno podemos citar resfriado
comum, gripe, otite, amigdalite, sinusite, asma, pneumonia e bronquite. A
maioria delas é causada por infecção viral e algumas delas, como sinusite e
pneumonia, podem também ser via infecção bacteriana. As crianças pequenas
costumam ter oito a dez resfriados por ano, ou seja, um resfriado a cada 30 a 60
dias, que pode se tornar mais frequente nesta época do ano. Crianças maiores já
costumam apresentar patologias como amigdalite e bronquite.
Os sintomas variam de acordo com a doença, mas em
geral estão presentes: coriza, tosse, espirros, febre, obstrução nasal, dor de
garganta e irritabilidade. Nos casos de dificuldade de respirar, a criança deve
ser examinada pelo médico com urgência.
As doenças respiratórias costumam ser transmitidas
pelas vias aéreas – ao tossir ou espirrar por exemplo – momentos que ocorre a
eliminação de gotículas contaminadas que permanecem no ar por cerca de uma
hora. Também podem ser transmitidas pelo contato com secreção de outra pessoa
doente, por meio de mãos contaminadas em contato com objetos por exemplo. Neste
caso, o vírus também permanece vivo por horas.
Dessa forma, para evitar a
transmissão, recomenda-se:
1. Lavar as mãos ao tocar em objetos
como maçaneta ou corrimão, proteger a boca ao espirrar ou tossir e evitar
lugares pouco arejados
2. Manter hidratação e limpeza da
mucosa do nariz através de lavagens frequentes com soro fisiológico
3. Evitar contato com pessoas
doentes, principalmente crianças abaixo de dois anos de idade
4. Vacinação contra a gripe (vírus
influenza que causa um quadro clínico mais grave que o resfriado comum e que
pode ter complicações como a pneumonia).
Pediatra
do Fleury Medicina e Saúde, tem especialização em Endocrinologia Pediátrica
pelo Instituto da Criança – HCFMUSP e é pós-graduanda em Endocrinologia e
Metabolismo Ósseo pela UNIFESP. Mãe da Letícia (6 anos) e da Beatriz (4 anos),
é palestrante do curso de Cuidados com a Saúde da Mamãe e do Bebê do Fleury.
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