sexta-feira, 23 de março de 2018

COM CAUSAS QUE VÃO DO ÁLCOOL AO ESTRESSE, MAU HÁLITO É ALVO DE NOVOS TRATAMENTOS...







Mau hálito? Pode ser até estresse. Existem mais de 60 diferentes “vilões” causadores da halitose, e é preciso ir ao médico para determinar o tratamento adequado para cada situação. Mesmo assim, mais de 90% dos casos têm origem na própria cavidade bucal, explica a Dra. Rosileine Uliana, coordenadora da Comissão de Halitologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

“Pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, alimentação inadequada), má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua ou amígdalas, baixa produção de saliva, doenças da gengiva, problemas em vias aéreas (adenóides, rinites, sinusites), estresse ou mesmo razões sistêmicas, como diabetes, problemas renais e outros”, exemplifica a Dra. Rosileine, arrolando entre os inimigos do hálito o uso excessivo de medicações, fumo, drogas e bebidas alcoólicas, incluindo soluções para bochecho com álcool na composição.

A identificação científica dessas várias causas do mau hálito, no início dos anos 1990, disparou o desenvolvimento de equipamentos e produtos para medir, controlar, prevenir e tratar a halitose. Entre os algozes mais recentes do bafo estão os lasers, que atingem as glândulas salivares para recuperar a sua produção normal e higienizadora. Menos comum é a aplicação de laser diretamente sobre as populações de bactérias na língua, reduzindo a causa do mau cheiro. O procedimento não oferece riscos caso executado respeitando todas as contra-indicações, mas a Dra. Rosileine ressalta que o laser é um coadjuvante no tratamento.

Confira alguns dos seus inimigos no combate ao mau hálito:
Excesso de alimentos com odor carregado ou com enxofre em sua composição (alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis), gorduras e frituras, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados) e ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados).

Álcool e fumo em excesso.
Estresse.
Para manter a boca sem malcheiro, vale, também, apostar em uma dieta balanceada, com alimentos duros e fibrosos, e beber bastante líquido, preferencialmente água (média de 2 litros por dia). Também é indispensável realizar a higiene bucal adequada e visitar o dentista semestralmente, além de realizar check-ups anuais para examinar a sua saúde em geral.

E, não menos importante: não faça do mau hálito um tabu! Trata-se de um problema social, que atinge cerca de 30% da população brasileira, ou 50 milhões de pessoas. E tem tratamento, então não deixe de procurar um profissional qualificado. O site da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) oferece o serviço “SOS Mau Hálito”, em que você pode, com garantia de anonimato, informar um portador que esteja precisando de ajuda. 

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