FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para a Universa, http://universa.uol.com.br
Ter uma vida sexual saudável e prazerosa não depende só da experiência
que se acumula ao longo da vida. Tem mais a ver com conhecimento, sabia?
Conhecimento não só a respeito do próprio corpo, mas de toda e qualquer
informação que possa ajudar a entender melhor como o desejo, a libido e a
anatomia funcionam. Para ajudar você nessa empreitada, listamos alguns números
importantes para incluir no seu repertório:
Os tempos do orgasmo.
O tempo médio que uma mulher leva até atingir o orgasmo é de mais ou
menos 8 minutos. Mas há quem demore de 10 a 20 minutos. O orgasmo feminino dura
de 6 a 10 segundos, porém, algumas mulheres podem gozar por até 20 segundos.
Preliminares das boas.
A mulher precisa de cerca de 20 a 30 minutos de preliminares bem feitas
para ter um orgasmo vulcânico.
Frequência sexual.
Endocrinologistas das universidades norte-americanas de Columbia e
Sanford afirmam que mulheres que fazem sexo pelo menos 1 vez por semana têm
ciclos menstruais mais regulares do que aquelas que transam de vez em quando.
O sensibilíssimo
clitóris.
Com cerca de 8 mil terminações nervosas (o dobro do número encontrado na
cabeça do pinto), o clitóris é extremamente sensível e a única parte do corpo
humano com a função única de proporcionar prazer. E ainda dizem que a gente tem
inveja do pênis…
Caminho do ponto G.
Quer achar o ponto G? Coloque o dedo indicador 5 centímetros dentro do
canal vaginal e incliná-lo para cima, na direção da barriga, vai encontrar um
tecido esponjoso. Voilá!
Olá, ponto A.
O ano de 1993 foi bem importante para o prazer feminino, pois marcou a descoberta do ponto A, identificado por Chua Chee Ann, um pesquisador da
Malásia. Apesar das divergências sobre o seu local exato, sabe-se que ele se
encontra depois do ponto G, entre o cérvix e a bexiga.
Clitóris, este gigante.
O clitóris é bem maior do que parece. Seu tamanho real é de, acredite,
cerca de 8 centímetros! Quem descobriu isso foi Helen O’Connell, uma renomada
urologista australiana. Sua pesquisa revelou ainda que o clitóris apresenta
dois bulbos de tecido erétil que descem ao longo da vulva, chamados bulbos de vestíbulo.
Eles incham de sangue quando excitados, tornando a uretra e o canal vaginal
mais sensíveis.
Muita mulher ainda não
se masturba.
Segundo a pesquisa Mosaico 2.0, conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo,
coordenadora do ProSex (Programa de Estudos em Sexualidade) do IPq-USP
(Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo), cerca de 40% das brasileiras não costumam se masturbar. Dessas, 19%
jamais experimentaram a prática.
E isso dificulta o
orgasmo.
Os dados, divulgados em 2016, encontram eco na dificuldade das
brasileiras de atingir o orgasmo (cerca de 30%, de acordo com outros estudos).
O conhecimento do próprio corpo e das formais mais satisfatórias de obter
prazer são fundamentais para a mulher ter uma vida sexual mais plena em
parceria.
Masturbação e gozo.
Em 1940, o biólogo americano Alfred Kinksey estudou o comportamento
sexual de 18 mil casais e concluiu que as mulheres demoram apenas 4 minutos
para gozar com a masturbação.
Eles X elas.
Para que o homem fique excitado, seu organismo precisa bombear cerca de
10 ml de sangue para seu pênis. Já o órgão sexual feminino, que é mais
complexo, precisa de cerca de 200 ml de sangue. Daí a importância das
preliminares para a mulher.
Calma no sexo anal!
40 segundos, em média, é o tempo que demora para que o segundo esfíncter
do ânus (cerca de 2cm depois da entradinha) naturalmente se relaxe e torna a
penetração mais confortável para a mulher.
Lubrificante? Aceito.
A partir dos 50 anos de idade, o uso de lubrificante se torna imprescindível
para a mulher, mesmo quando ela for se masturbar com brinquedos. A queda
hormonal faz com que a vagina se torne mais ressecada e sensível aos atritos.
A média da brasileira.
A média de profundidade do canal vaginal da mulher brasileira é de 12 a
14 centímetros. Vale lembrar que trata-se de um canal elástico formado por
músculos que esticam bastante durante o parto normal, voltando depois ao
tamanho normal.
Orgasmo clitoriano.
Cerca de 80% dos orgasmos femininos acontecem via clitóris, o que indica
a relevância do sexo oral e da penetração associada a um brinquedinho para
chegar lá mais facilmente.
Orgasmo sobre saltos.
Sapatos com saltos entre 4 e 5 centímetros podem ajudar a mulher a gozar
com mais facilidade. Segundo um estudo da Universidade de Verona (Itália), usar
um pequeno salto ajuda a relaxar e a fortalecer os músculos da região pélvica,
intensificando as contrações durante o orgasmo. Segundo Maria Cerruto,
coordenadora da pesquisa, o efeito positivo não aumenta de acordo com o tamanho
do salto.
Bora gastar a reserva?
Um estudo realizado pelo Instituto Internacional de Análise Bioenergética
de Nova York (EUA) concluiu que todo ser humano nasce com um potencial médio de
5 mil orgasmos para toda a vida.
*** Fontes: Erica Mantelli, ginecologista e obstetra de São Paulo (SP); Leila Campos,
sexóloga e terapeuta sexual, de Macaé (RJ); livro “O guia dos curiosos – Sexo”
(Panda Books), de Marcelo Duarte e Jairo Bouer, e Tatiana Presser, psicóloga,
sexóloga e autora do livro “Vem Transar Comigo” (Ed. Rocco).
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