Existe uma lesão que acontece no sexo e é pouco
compreendida, porém importante. O machucado afeta uma parte da anatomia
feminina e pode ocorrer durante relação vigorosa ou sem os devidos cuidados.
Além de incomodar a mulher, ele pode ser tão grave a ponto de precisar de
cirurgia.
Entenda:
Lesão durante sexo.
Segundo a ginecologista Marisa Patriarca, do Hospital do Servidor
Público Estadual de São Paulo, a vagina tem em média 7 a 8 cm, mas, quando a
mulher fica excitada, o colo do útero vai para cima e o espaço fica ainda
maior, o que é complementado pela lubrificação. Isso tudo faz com que o pênis
deslize sem fricção, evitando que a mulher se machuque.
Há casos, no entanto, em que a relação acontece sem que a mulher esteja
devidamente excitada, ou então que o parceiro tenha um órgão muito grande, ou,
ainda, que a penetração seja vigorosa. Como consequência, a mulher pode
apresentar lesão na região posterior do fundo da vagina ou no colo do útero.
"É como se fosse uma pancada. A paciente fica com a região
dolorida, edemaciada, mas sem nenhuma ferida em si", ressalta o
ginecologista e obstetra Patrick Bellelis.
É grave?
Na maior parte dos casos, essa lesão não é perigosa e provoca apenas
dor, semelhante à cólica, na hora e/ou nos dois dias posteriores à transa, mas
uma pequena parcela das mulheres pode sofrer laceração grave.
"O mais alarmante é a possibilidade de ruptura do fundo vaginal, a
qual pode causar sangramento abundante e fazer com que a mulher tenha que ir
para o centro cirúrgico para sutura", alerta o médico.
É igual ferida no colo do útero?
Há quem confunda essa lesão com ferida no colo do
útero, um problema
clinicamente chamado de ectopia que é caracterizado pela projeção da mucosa
interna do colo do útero para fora.
Diferente da lesão causada pelo sexo, a ectopia está
relacionada à infecção por HPV e geralmente não causa sintomas.
O que fazer?
A recomendação da ginecologista Marisa Patriarca é sempre consultar um
ginecologista ao sentir dor no sexo, já que pode ser um indício de doenças
importantes como clamídia e doença inflamatória pélvica.
Há como prevenir?
Os especialistas afirmam que esse machucado do sexo pode
ser evitado por meio de cuidados simples, entre eles o diálogo aberto entre os
parceiros sobre as preferências e os cuidados na hora H.
Apostar nas
preliminares é muito importante, já que a mulher demora mais para ficar excitada do que o homem e
partir direto para a penetração pode machucar. "Em média, as relações
sexuais dos humanos englobam em média 15 minutos de penetração. Sendo assim,
por que não aproveitar mais? Use e abuse das carícias", recomenda o médico
Patrick Bellelis.
Caso haja pouca lubrificação, é possível usar lubrificantes íntimos.
Quanto a um parceiro com o pênis
muito grande, é indicado
ter cautela e optar por posições em que a mulher tenha maior controle da
penetração, como de conchinha ou ela por cima.
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