O Ministério da Saúde
está preocupado com a baixa adesão à
vacina do HPV e com a alta prevalência desse vírus entre a população.
Também pudera: os dados nacionais mostram que, de 2014 a 2017, não mais do que
4,9 milhões de meninas tomaram a segunda dose contra o HPV, totalizando 48,7%
na faixa etária entre 9 e 14 anos. É bem pouco.
Se considerada apenas a
primeira dose, o número chega a 8 milhões, o equivalente a 79,2%. Entre os
meninos, 1,6 milhão – ou 43,8% do público-alvo – tomaram a primeira dose. Só
que a proteção só é garantida com as duas injeções (elas são aplicada com um
espaço de seis meses).
Não à toa, o Ministério da Saúde lançou nova campanha publicitária para
alertar sobre a importância das vacinas contra HPV e meningite para os jovens. A
campanha convoca 10 milhões de adolescentes em todo o país. Devem se vacinar
contra o HPV meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos (no ano passado,
a faixa etária era entre 12 e 13 anos). As vacinas fazem parte do
calendário de rotina disponível nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
A
vacinação e o HPV no Brasil.
A prevalência estimada
do vírus no país é de 54,3%, segundo dados do projeto POP-Brasil, que
entrevistou 7 586 pessoas nas capitais. A pesquisa revela que 37,6% dos
participantes apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
A vacina previne contra
diferentes tipos de tumor. São 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano
e 5 mil mortes de mulheres pela doença – praticamente todos seriam evitados na
ausência do HPV. Além disso, mais de 90% dos casos de tumor anal e 63% dos de
pênis são atribuíveis a esse agente infeccioso. Há também episódios de câncer
de boca decorrentes desse inimigo da saúde.
O HPV é transmitido
sexualmente e vive nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo
de útero, pênis e boca. Aos poucos, ele vai causando estragos nas regiões em
que firma residência. O teste de HPV e o próprio papanicolau ajudam a detectar
sua presença.
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