Questionado sobre o
valor, ele disse que será maior que a inflação, mas que o percentual ainda está
sendo definido.
O ministro do
Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou na quinta-feira (15), no
Palácio do Planalto, que o reajuste do Bolsa Família será anunciado ainda este
mês. Questionado sobre o valor, ele disse que será maior que a inflação, mas
que o percentual ainda está sendo definido.
“Provavelmente [o
reajuste] vai ser anunciado agora no mês de março e deve vigorar provavelmente
no final de abril ou maio. A ideia é dar um reajuste acima da inflação. E
estamos estudando uma forma de compensar o aumento do preço do gás, mas ainda
não está acertado [como isso será feito]”, disse o ministro. Perguntado por
jornalistas se o reajuste será de 5%, ele chegou a dizer que poderia ser esse
valor “ou mais”, mas reiterou que a questão ainda estava sendo definida.
Plano Progredir.
O ministro falou com a
imprensa essa noite após cerimônia do Plano Progredir, que tem ações de
capacitação, incentivo ao empreendedorismo e acesso ao mercado de trabalho e
vai disponibilizar R$ 3 bilhões por ano em linha de microcrédito para o
público-alvo investir em pequenos negócios. A ideia do governo com o Progredir,
disse o ministro, é fazer com que as famílias que recebem o Bolsa Família
“percam o medo” de ter empregos formais.
Com o plano, famílias
continuam recebendo o benefício por dois meses após firmarem contrato de
trabalho formal. E, mesmo deixando o Bolsa Família após esse período, voltam a
receber o benefício se perderem o emprego.
Na cerimônia de hoje
foram divulgados os primeiros resultados do Progredir. Lançado no final
setembro, o plano chegou a R$ 1,94 bilhão em microcrédito, além de 68 mil
empregos formais e qualificação profissionais de 84 mil pessoas. Terra destacou
que o governo Michel Temer encontrou um Bolsa Família que não reduziu a
pobreza, justificando a criação de programas auxiliares, como o Progredir.
“A existência dos
programas de transferência de renda não foi suficiente para reduzir a pobreza,
só [para atenuar] a questão da pobreza extrema. Mas eles não reduziram o número
de pobres. A pobreza no Brasil continua intacta. Acho que o Plano Progredir faz
parte dessa nova maneira de pensar a questão do Bolsa Família”, destacou.
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