FONTE: *** Ana Carolina Nunes, Colaboração para o VivaBem, http://vivabem.uol.com.br
FOTO: Brunna Mancuso/VivaBem
Uma dúvida frequente de
quem está fazendo um tratamento com antibióticos é se pode ou não tomar bebida
alcoólica, já que costuma ser um senso comum que o álcool ‘corta’ o efeito dos
antibióticos, colocando em risco o resultado do tratamento. Em geral, a união
de álcool e antibiótico não necessariamente anula o tratamento, mas há sim
alguns riscos.
O
álcool neutraliza os efeitos do antibiótico?
Não é bem isso o que
acontece. Não dá para afirmar que bebida alcóolica corta o efeito do remédio.
Porém, a ingestão de antibiótico em conjunto com o álcool pode ter reações e
efeitos adversos. O que ocorre é que tanto o álcool quanto o medicamento são
metabolizados no fígado e, consumir os dois ao mesmo tempo, pode sobrecarregar
o órgão.
O fato de o álcool ser
diurético também influencia na concentração do medicamento no corpo. Além
disso, o álcool é uma substância por si só irritante ao sistema
gastrointestinal. Portanto, a recomendação é ter bom senso em relação à
quantidade. Um consumo moderado dificilmente irá trazer problemas.
O
que é considerado consumo moderado?
Vai depender do perfil
da pessoa, levando em conta seu metabolismo e histórico médico. A quantidade
considerada “uso social” ou moderada: duas taças de vinho, duas latinhas de
cerveja ou uma dose de bebida destilada. Essas quantidades não provocariam
alteração no efeito da maioria dos antibióticos. Outra dica é distanciar o horário
de consumo das duas substâncias.
Há diferença de efeito
dependendo do tipo de antibiótico?
Existem algumas classes
de antibióticos que são totalmente contraindicadas para ingerir concomitante
com o álcool, entre elas o metronidazol, o cloranfenicol, o tinidazol, o
furazolidona e as sulfonamidas (sulfas), já que podem causar reações graves e
extremamente desagradáveis --como rubor, palpitações, dor de cabeça latejante,
dificuldade respiratória, náuseas, vômitos, suor, sede, dor torácica,
hiperventilação, taquicardia, hipotensão, síncope, fraqueza, vertigem, visão
turva ou confusão mental.
*** Fontes: Patricia
Moriel, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de
Campinas - Unicamp e Amouni Mourad, Assessora Técnica do Conselho Regional de
Farmácia-SP.
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