Quem corre há algum
tempo e faz longas distâncias, provavelmente já sofreu com bolhas nos pés. O problema
costuma acontecer pela pressão ou fricção entre pés, meias e tênis. A lesão
ocorre com o descolamento de uma camada mais superficial da pele por rompimento
das estruturas que prendem uma célula na outra. Embora as bolhas nos pés não
causem problemas mais graves, precisam de cuidados para não se tornarem um
desconforto recorrente.
Para preveni-las, o
dermatologista Rodolfo Mendonça pontua alguns cuidados. “A água e o suor
aumentam o atrito entre pé e meias. Portanto, quanto maior a porcentagem de poliamida
e menor a de algodão na meia, menos chances de formação de suor e atrito que
levam às bolhas. Além disso, é importante que o tecido da meia seja livre de
dobras, assim como pouca ou nenhuma costura”, recomenda.
Estourar ou não as
bolhas nos pés, eis a questão?
Esta é uma dúvida
frequente, ainda mais quando o incômodo é grande. A dor varia de acordo com o
local, pois há partes do pé com mais terminações nervosas, mais sensíveis à
dor. Além disso, há locais que são submetidos a maior pressão. O ideal é não
estourar, pois, de acordo com Mendonça, quando estouradas são portas de entrada
para bactérias que podem gerar infecção local. Aí que o quadro piora, pois pode
aparece pus, inchaço e vermelhidão ao redor da área lesionada.
“O tratamento dependerá
de cada caso: para as pequenas e pouco dolorosas, limpeza e curativo adequados.
Para as maiores ou dolorosas, drenagem do fluído (líquido dentro da bolha) de
maneira estéril, sem romper o teto da bolha e é recomendado proteger com um
curativo. Já em casos mais extremos, como as bolhas abertas, recomenda-se
limpar, aparar o teto (pele) da bolha e aplicar curativos específicos para as
abertas”, sugere o dermatologista.
Previna-se.
- O primeiro e mais importante passo
é: certifique-se de que o tênis se encaixa adequadamente no pé. É
aconselhado que o calçado tenha, pelo menos, meio tamanho maior que o
tamanho de uso diário, já que os pés incham durante a corrida.
- Um dos mais tradicionais métodos
preventivos é a vaselina. Alguns corredores, além de usarem no pé, passam
no lado de fora da meia e no interior do tênis.
- Outra opção é o adesivo de silicone
ou gel, além da fita de óxido de zinco.
- Alguns atletas usam dois pares de meias finas, ou meias de dupla camadas especificamente criadas para evitar calos. Veja qual é a melhor opção para seu caso!
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