Salvador
está entre as cidades que vão receber o exame que pode ser feito em casa.
Em apresentação do novo
Boletim Epidemiológico a respeito do vírus HIV no Brasil, o Ministério da Saúde
anunciou nesta terça-feira que o Sistema Único de Saúde vai distribuir
gratuitamente, a partir de 2019, 400 mil autotestes de HIV para
populações-chave e pessoas ou parceiros em uso de medicamento de pré-exposição
ao vírus em 13 cidades: São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto,
Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba,
Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
A estratégia, que
funcionará de início como um projeto piloto nessas cidades, tem como objetivo
facilitar o diagnóstico do vírus pela população, já que o autoteste pode ser
feito pela própria pessoa que deseja saber se é soropositiva. O SUS já
disponibiliza testes rápidos em postos de atendimento — foram 12,5 milhões em
2018 — mas essa será a primeira vez que os autotestes serão distribuídos,
mirando o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o HIV é detectado, mais
eficiente é o tratamento.
O autoteste já é
vendido em farmácias de todo o país, com preços que variam entre R$50 e R$80, e
apesar de ser uma forma de detectar a doença, não é um teste definitivo. O
Ministério da Saúde recomenda que, em caso de resultado positivo do autoteste,
o usuário procure unidades de saúde em que possa realizar testes complementares
que comprovarão o HIV definitivamente. Ainda segundo o Ministério, todas as
informações relativas ao uso correto dos autotestes estarão disponíveis nas
embalagens, e ajuda complementar estará disponível via telefone 24 horas por
dia, inclusive nos fins de semana.
Fazendo um balanço
sobre os 30 anos de luta contra o HIV no país, o Ministério ainda afirmou que,
de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil,
um registro anual de 40 mil novos casos. Além disso, a instituição destacou a
queda no número de mortes causadas pela doença: em quatro anos, os números
indicam que atualmente há 16% menos mortes, de 5,7 por 100 mil habitantes em
2014 para 4,8 óbitos em 2017.
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