O simples ato de
colocar uma luz sobre a pele pode se tornar um novo exame para diagnosticar
estágios iniciais de diabetes e problemas cardíacas.
Essa é uma maneira mais rápida e fácil de rastrear pessoas a saúde em
comparação aos métodos atuais, que incluem exames de sangue e avaliação de
fatores de risco, como peso e histórico familiar.
De acordo com os
cientistas responsáveis pela descoberta, publicada no periódico Diabetologia,
o método funciona porque a glicose (açúcar) no sangue e outros fluidos
corporais podem aderir aleatoriamente a moléculas de proteínas na pele e em
outros tecidos. "É como uma cola", explica Bruce Wolffenbuttel,
professor da Universidade de Groningen, na Holanda e um dos líderes do estudo.
Essas proteínas
“glicadas”, conhecidas como produtos finais de glicação avançada, ou pelo nome
de AGEs, produzem tecidos mais duros, incluindo paredes de vasos
sanguíneos, o que contribui para a pressão alta.
O nível de AGEs pode
ser medido através da pele porque essas substências refletem a luz fluorescente
de maneira diferente das proteínas não-glicadas. E os cientistas descobriram
que a taxa elevada de AGEs está associado a um maior risco de desenvolver
doenças.
Acúmulo de proteínas
glicadas.
O acúmulo de AGEs em
nossos tecidos ocorre naturalmente à medida que envelhecemos, mas é acelerado
em pessoas com diabetes ou que estão nos primeiros estágios da doença.
A equipe de
Wolffenbuttel fez o teste medindo os níveis de proteína em um grande estudo
realizado durante 30 anos, analisando a saúde e a doença no envelhecimento de
cerca de 70.000 participantes que estavam livres de diabetes e doenças
cardíacas no início dos testes.
Quatro anos depois, aqueles
com um alto valor de AGE no início tinham um risco maior de desenvolver
diabetes ou doenças cardíacas. Isso sugere que o teste poderia ser usado na
triagem populacional dessas condições, diz Wolffenbuttel, talvez em ambientes
não médicos, como os supermercados.
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