Durante
excitação e penetração, canal vaginal passa por algumas mudanças; entenda e
aprenda a usá-las a seu favor.
Ela é rodeada de tabus.
"Pepeca", "perereca" e "periquita" são alguns de
seus apelidos engraçados, fato que revela que poucos ousam dizer seu nome.
A vagina proporciona
prazer intenso às mulheres e podem até trazer um novo ser humano ao mundo. Com
tudo isso, ela deveria ser melhor amiga das mulheres, certo? Infelizmente, não
é isso que acontece sempre. Muitas ainda têm vergonha de conhecê-la e entender
tudo que pode nos proporcionar na hora do sexo.
A vagina é, na verdade,
a parte interna do aparelho genital feminino. Tudo que está por fora é a vulva,
que abriga os lábios e a uretra. O canal vaginal liga a vulva ao colo do útero,
e é lá que o pênis penetra durante o sexo.
Para tentar entender
como é estar lá dentro, o jornal britânico Metro pediu que seus leitores
heterossexuais descrevessem como era a sensação. Algumas das respostas foram:
- "Parece uma luva justa cheia
de óleo quente"
- "Um donut de geleia mole e
suave que você acabou de perfurar com seu pênis"
- "Quente, macio e sensível com
aquele ligeiro atrito"
Essas respostas dão a
pista sobre do que a vagina é feita. De acordo com a ginecologista Patricia
Gonçalves de Almeida, o canal é um tubo muscular revestido por fibras
musculares e lisas e uma mucosa.
De fato, ela é mais
quente do que o resto do corpo. Por causa da intensa circulação de sangue,
hormônio e glicose, a temperatura do canal vaginal é alta, semelhante ao canal
retal, que é de onde vêm as fezes.
O
que muda durante o sexo.
Por ser uma mucosa, a
vagina também é úmida. E as responsáveis por isso são as Glândulas de
Bartholin, na entrada da vagina, e as Glândulas de Skene, de cada lado do canal
da uretra.
Quando ficamos
excitadas, essas glândulas trabalham ainda mais, lubrificando intensamente. É
como se nosso corpo se preparasse para a penetração ainda nas preliminares.
E esse é um dos motivos
que justificam a importância desses passos para uma boa transa, mesmo para quem
prefere a parte da penetração. Sem boas preliminares, o organismo da mulher não
conseguirá entender nem ter tempo para lubrificar a vagina.
"Algumas mulheres
ficam tão excitadas que as Glândulas de Skene liberam um jato de secreção de
lubrificação tão intenso que simula a ejaculação no homem", explica a
ginecologista.
De acordo com Patrícia,
há alguns casos em que ter toda essa lubrificação é, de fato, mais difícil.
Segundo ela, mulheres que estão passando pela menopausa ou usando alguns
anticoncepcionais podem ter dificuldade de produzir esse ingrediente tão
importante.
Na hora da penetração,
os músculos do canal vaginal se distendem para se acoplar ao pênis, e a vagina
pode aumentar de tamanho e de diâmetro, de acordo com as medidas do pênis do
parceiro.
"Em média a vagina
mede 7 a 10 centímetros, variando de acordo com o biotipo da mulher. A extensão
da vagina muda de acordo ao tamanho do pênis, durante a penetração, contudo tem
de ser proporcional, para que não haja lesões ou lacerações da vagina",
explica Patrícia.
No entanto, ao
contrário do que dizem algumas lendas, fazer sexo não é capaz de alterar o
tamanho ou o diâmetro da vagina definitivamente. Ela só pode ficar mais
alargada com uma dilatação intensa, com penetração de objetos grandes ou em
partos de bebês muito maiores que a vagina suporta.
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