Cada vez mais vemos
pessoas vivendo até os 100 anos de idade e já é um fato que a geração de hoje
terá muitos centenários. Mas a velhice que iremos viver não é a mesma que
vemos hoje, e como será muito mais longa, precisamos nos preparar para os novos
hábitos e desafios.
Durante o 13º Fórum
da Longevidade da Bradesco Seguros realizado na quarta-feira (21), em São
Paulo, Denise Mazzaferro, mestre em gerontologia pela PUC-SP, apresentou,
baseada no livro 100-Year Life (Vida de 100 Anos, em tradução livre), as
tendências que vão mudar nosso futuro:
1. As pessoas
trabalharão até os 70 anos.
Além da necessidade de
renda pelas despesas de uma vida mais extensa, o trabalho traz o sentimento
do pertencimento social, um dos pontos de extrema importância para que os idosos
se sintam úteis e mantenham-se ativos.
2. Existirão novos
empregos e habilidades.
Exercer novas funções e
usar a criatividade não deve ser um privilégio exclusivo dos jovens. Com as
mudanças no mercado de trabalho, muitos cargos deverão ser extintos, e pelo
desejo de continuar trabalhando, os idosos também deverão se reinventar.
3. Ter situação
financeira estável não será tudo.
Ao contrário do que
acreditavam as gerações anteriores, uma boa reserva financeira não será
sinônimo de uma velhice feliz. Identidade e propósito e um longo plano de
vida serão essenciais para os “novos” idosos.
4. A vida não será mais
dividida em 3 estágios.
A separação de
infância, vida adulta e velhice será substituída por diferentes estágios por
vida, que não serão ditados cronologicamente --as ações deverão ser tomadas
de acordo com o momento mental de cada indivíduo. Não será incomum, por
exemplo, um adulto voltar para a faculdade após os 50 anos, tendência que já
começamos a ver atualmente.
5. Transições passarão
a ser mais corriqueiras.
O medo de mudanças é
outra característica que deve ficar no passado. Levando as preferências da
juventude para a terceira idade, os idosos das próximas gerações não terão
tanto apego à estabilidade em diferentes áreas da vida.
6. Recriação será mais
importante do que recreação.
Em vez de procurar
atividades para simplesmente ocupar a mente, no futuro, os idosos se
recriarão para continuar produzindo e contribuindo com a sociedade.
7. Ter opções será cada
dia mais valioso.
Para a tal adaptação
citada previamente, diferentes habilidades e conhecimentos (mesmo aqueles
que não tem nada a ver com a sua área profissional), aumentam o leque de
oportunidades para o futuro.
8. Relações familiares
e de trabalho se transformarão.
Ligações por vídeo com
filhos e netos e até a saída de casa mais cedo serão normais nos próximos anos.
No trabalho, a tendência é que pessoas de diferentes idades ajam em conjunto
em uma mesma equipe, juntando a experiência com ideias modernas.
9. Aumentará a
experimentação.
Os preconceitos deverão
diminuir, e a tendência é que tabus sejam quebrados,
criando experiências mais independentes para idosos e até mudando o foco das
relações monogâmicas.
10. Seremos e parecemos
jovens por mais tempo.
De acordo com pesquisa
feita pelo Instituto Locomotiva, o maior medo de 25% dos adultos com mais de 50
anos é sentir-se feio. Felizmente, para o grupo que compartilha dessa
opinião, os avanços tecnológicos e até mesmo na forma de consumo de alimentos e
produtos deve contribuir para uma aparência mais jovem em comparação aos
familiares de gerações passadas.
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