Quantas vezes você
mudou ou variou o seu treino de corrida, o terreno, a velocidade ou a
inclinação? Muitos corredores têm o hábito de fazer sempre o mesmo treino, no
mesmo lugar, do mesmo jeito; e esquecem que para evoluir o corpo precisa de
estímulos diferentes.
Quando fica muito fácil
correr certa distância ou ritmo, provavelmente é hora de variar o
treinamento. Além disso, “ao mudar o estímulo você estimula seu cérebro,
que fica mais forte e eficiente“,
explica Victor Acioli, pós-graduado em biomecânica do exercício. Por exemplo,
correr em uma descida ajuda a ativar músculos ligeiramente diferentes do que se
você tiver que saltar a raiz de uma árvore em uma corrida de
montanha.
Por isso é tão
fundamental se preocupar com a base do treinamento, executar os movimentos
básicos da corrida de forma correta e caprichar no fortalecimento – antes de
sair correndo muito por aí. “Para fugir de lesões no esporte você precisa
buscar diferentes exercícios, variar o esforço e não esquecer nunca de
trabalhar a musculatura de forma global, tridimensional, que é como nos
movimentamos”, explica Amanda Iácono, treinadora funcional.
Corridas diferentes
ajudam seu corpo a melhorar a resistência muscular e respiratória; e melhoram
também a economia de corrida. Ou seja, você consegue correr mais rápido sem
gastar mais energia para isso.
Dicas para variar o
treino de corrida.
- Não deixe de treinar velocidade.
Nas subidas ou em sprints, adicione pequenos treinos de velocidade sempre
que puder. Por exemplo: durante um treino de rodagem de 30 minutos, tente
acelerar no primeiro minuto de cada quilômetro que for correr. Depois,
volte ao ritmo normal. Repita até o final.
- Explore uma rota que você nunca
tenha feito antes. Isso ajuda a “refrescar” a mente e você ainda conhece
novos lugares correndo. Que tal mudar o caminho dos treinos longos de
sábado e “se perder” por aí?
- Explore os lugares correndo. Na
praia, vá correr na areia. No campo ou em parques, corra na grama. Esses
tipos de terreno ajudam no fortalecimento muscular e cardiovascular sem
impactar nas articulações.
- Sempre que encarar uma subida,
tente fazer um sprint curto no começo do trecho e depois volte ao ritmo
normal.
- Nos treinos longos, tente controlar
seu ritmo para sobrar uma energia extra no fim para o sprint final. Ou no
último quilômetro, faça de dois a três tiros de um minuto, antes de
diminuir a velocidade e terminar o treino.
- Corra mais em trilhas. “As trilhas ajudam a acionar os pequenos músculos, conhecidos como proprioceptivos. Como a maioria delas é acidentada e imprevisível, faz você trabalhar o cérebro também”, continua Amanda Iácono.
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