Um homem de 60 anos
morreu envenenado na terça-feira (15) após receber uma injeção de carrapaticida
enquanto estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital
Giselda Trigueiro, em Natal. Segundo a polícia, a filha da vítima é suspeita de
ter cometido o crime durante visita ao leito.
A equipe médica relatou
à polícia que o tubo do soro havia mudado de cor e um odor diferente pairava no
ar. Uma seringa e o frasco do veneno foram encontrados na lixeira próximo ao
leito.
A equipe da UTI
desconfiou do comportamento da mulher quando o pai começou a passar mal, e ela
foi presa em flagrante. Rocha confessou o crime e disse à polícia que comprou
veneno para injetar no pai.
"Ela disse que
sentia que o pai estava sofrendo muito e resolveu comprar o produto numa casa
de ração para aplicar no soro. Depois que ela injetou o veneno, o aparelho que
media a frequência cardíaca da vítima começou a avisar que os batimentos
estavam acelerados. Ela se desesperou e chamou a equipe médica", disse o
delegado Roberto Andrade, da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa).
O material foi recolhido
pelos peritos do Itep-RN (Instituto Técnico-Científico de Pericia do Rio Grande
do Norte). "A acusada contou que pensou em desistir, mas foi em frente
porque acreditava que o pai queria morrer", disse o delegado.
O
homem era portador do vírus HIV e tinha tuberculose.
O corpo da vítima foi
trasladado para o ITEP-RN para ser submetido à necropsia. O exame vai apontar,
oficialmente, o que causou a morte.
A filha foi indiciada
por homicídio qualificado pela falta de defesa da vítima e deve ser transferida
para uma unidade prisional do Rio Grande do Norte nesta quarta-feira. O UOL
tentou localizar a defesa da acusada, mas a polícia informou que ela ainda não
tem advogado.
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