quarta-feira, 26 de maio de 2021

ÁREAS VERDES PODEM EVITAR TDAH EM CRIANÇAS, DIZ ESTUDO DE UNIVERSIDADE DA DINAMARCA...

FONTE: , Julia Noia, https://extra.globo.com/


RIO - Quanto maior a convivência de crianças com espaços verdes, menor o risco de desenvolvimento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), conforme estudo divulgado pela revista “Crescer” deste mês. A pesquisa, desenvolvida por estudiosos da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e publicado recentemente pela revista Environmental Health Perspectives, é um dos maiores estudos da área.

O TDAH é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento que leva à impulsividade, hiperatividade e falta de atenção. É um dos diagnósticos psiquiátricos mais comuns entre as crianças, e os sintomas podem incluir falta de atenção e distração fácil, esquecimento ou perda de objetos e constante mudança de atividade ou tarefa.

Segundo os pesquisadores, espaços com maiores áreas verdes podem ajudar na redução do estresse e restauração da atenção, levando a benefícios para a saúde. Por outro lado, espaços em que há pouca exposição à natureza podem levar ao aumento de estresse e à perda de concentração, fatores que impulsionam sintomas de TDAH.

O espaço verde também pode facilitar interações sociais durante a infância, já que crianças podem realizar atividades físicas e brincadeiras em grupo ao ar livre. A exposição aos micro-organismos presentes nesses espaços também estimula a regulação do sistema imunológico e regula as respostas inflamatórias.

Os pesquisadores analisaram dados de cerca de 800 mil crianças nascidas na Dinamarca entre 1992 e 2007, juntamente com informações sobre diagnósticos clínicos de TDAH até os 5 anos de idade.

Além disso, também foi analisada a quantidade de espaço verde que havia em torno do ambiente familiar.

“Nossos resultados mostram que as crianças que foram expostas a ambientes menos verdes em sua área residencial na primeira infância, que definimos como durando até os 5 anos, têm um risco maior de receber um diagnóstico de TDAH quando comparadas com crianças que foram cercadas por um nível mais alto de espaço verde”, escreveu Malene Thygesen, uma das pesquisadoras por trás do estudo, em nota para a imprensa.

Os dados foram ajustados considerando sexo, idade, ano de nascimento, diagnóstico psiquiátrico e status socioeconômico dos pais e do bairro onde a criança vivia.

“Nosso estudo é forte porque inclui muitos indivíduos e porque as informações são muito detalhadas. Por exemplo, usamos dados baseados em diagnósticos clínicos de TDAH feitos por especialistas”, continuou a pesquisadora.

Porém, ela ressalta que um único estudo não é suficiente e que novas pesquisas são necessárias.

Veja abaixo algumas dicas da Associação Brasileira do Déficit de Atenção para os pais ou responsáveis lidarem melhor com as crianças que têm o transtorno:

Dentro de casa.

Manter ambiente harmônico, organizado, arejado e bem iluminado, com poucos estímulos visuais

Dia a dia.

Dê instruções diretas e claras, criando uma rotina consistente. A criança se beneficiará se os responsáveis ensinarem a concluir atividades e a focar no mais importante.

Comportamento.

É benéfico reforçar os comportamentos bons e advertir construtivamente os ruins, além de preparar a criança para mudanças de rotina, incentivar a fazer atividades físicas e novas amizades.

Estudo.

Escolha bem a escola e a professora, sem sobrecarga de atividades extracurriculares.<SW> não é suficiente e que novas pesquisas são necessárias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário