FONTE: *** , Julia Natulini, https://www.msn.com/
É muito comum mulheres com obesidade que sonham em ser mãe, mas devido ao excesso de peso,
têm dificuldade para engravidar. Normalmente, elas apresentam ausência de
ovulação e ficam longos períodos sem menstruar, o que dificulta a gravidez.
Outra questão é que a gestação em uma paciente obesa também oferece riscos à
mãe e ao bebê.
Segundo
o Dr. Admar Concon, cirurgião bariátrico a gordura possui enzimas que fazem
parte da síntese hormonal do organismo. “Quando a pessoa está dentro do peso
considerado normal, há um equilíbrio entre a secreção de estrogênios,
androgênios e outros hormônios que estão relacionados com o metabolismo e a
fertilidade”.
“Nos
casos dos paciente obesos, a aromatase que é a enzima do tecido adiposo,
transforma uma quantidade considerável de estrogênios em androgênios, o que
causa um desequilíbrio hormonal que altera a secreção de FSH e de LH pela
glândula hipófise, que fica em nossa cabeça. Como os ovários precisam da
estimulação desses hormônios, a ovulação fica prejudicada. De forma geral, há
um desequilíbrio entre o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano”,
explica.
O
cirurgião ressalta ainda que a gravidez é considerada segura quando a mulher
faz bariátrica desde que ela faça acompanhamento médico e esteja bem de saúde,
com as vitaminas em dia. “A recomendação é que ela espere no mínimo um ano após
a cirurgia, mas o ideal são dois anos”.
Outro
fato que é que após a cirurgia, muitas vezes a gravidez surge inclusive em
mulheres que não planejaram ter um filho. A perda de peso leva a grandes
mudanças hormonais, que aumentam a fertilidade e regulam o ciclo menstrual.
Além disso, há uma tendência de que a autoestima aumente e melhora o desejo
sexual.
“Quem
faz a cirurgia bariátrica e não quer engravidar precisa redobrar os cuidados e
utilizar métodos contraceptivos seguros. É recomendado o uso do DIU
(Dispositivo Intrauterino) porque a absorção de contraceptivos orais pode ser
prejudicada após a cirurgia bariátrica. A mudança no contraceptivo já deve ser
discutida com o ginecologista antes mesmo da cirurgia para que não haja risco
de uma gravidez no período pós-operatório recente”, finaliza o cirurgião.
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Consultoria: Dr. Admar Concon
Filho é cirurgião bariátrico e membro titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
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