FONTE: *** , Julia Natulini, https://www.msn.com/
Todo mundo já conheceu uma pessoa que muda
de humor repentinamente
e é instável nas relações. Na pandemia, a situação de estresse intensifica
ainda mais essa condição. O problema pode ser mais sério do que parece, chamado
de borderline ou Transtorno de Personalidade Limítrofe.
Segundo Ana Gabriela Andriani,
psicóloga é preciso prestar atenção aos sinais da doença, que muitas vezes
podem passar despercebidos. “Quem possui essa síndrome, geralmente são pessoas
carentes e que precisam de muito afeto. O principal sintoma está relacionado à
oscilação de humor constante”, explica.
“Quando os estados de humor se
alteram de uma forma muito intensa, ou seja a pessoa se sente muito triste e ao
mesmo tempo extremamente alegre no mesmo dia e em curto espaço de tempo, é
preciso ficar atento.
Essas experiências geralmente
resultam em ações impulsivas e relacionamentos instáveis. Uma pessoa com
síndrome de borderline pode experimentar episódios intensos de raiva, depressão
e ansiedade que podem durar algumas horas ou dias.
Alguns indivíduos com essa síndrome
apresentam altas taxas de ocorrência em conjunto de outros transtornos mentais,
como mudanças do humor, ansiedade, distúrbios alimentares, além do
excesso de bebidas alcoólicas, automutilação, pensamentos e comportamentos
suicidas. Indivíduos com essa síndrome podem alternar momentos em que estão
estáveis com surtos psicóticos, manifestando comportamentos descontrolados.
Nesse momento de instabilidade como a
pandemia em que afeta diretamente os principais pilares de sustentação, como
economia, saúde ou até mesmo o fato de se privar e manter o isolamento social,
não poder se programar para uma viagem ou um lazer que até então era a única
maneira de distração, é natural que haja mais oscilação de humor. “As pessoas
se sentem inseguras, irritadas, ansiosas, estressadas e com medo. Tudo isso é
normal e para esse grupo se intensifica ainda mais”.
Como é feito o
tratamento? O tratamento para a borderline é realizado com o uso de medicamentos
antidepressivos, estabilizadores de humor e calmantes indicados pelo médico
psiquiatra.
Além do tratamento com remédios, é
necessário manter acompanhamento psicológico para realizar psicoterapia e
ajudar o indivíduo a controlar suas emoções negativas, como saber enfrentar
momentos de maior estresse.
Psicoterapia. A psicoterapia é um
dos principais tratamentos para pessoas com síndrome de borderline. O
acompanhamento psicoterapêutico pode ser fundamental para aliviar alguns
sintomas.
A psicoterapia pode ser realizada
individualmente entre um psicólogo e o paciente ou em uma configuração de
grupo. As sessões grupais conduzidas por psicólogos especializados no quadro
podem ajudar a ensinar pessoas interagirem e a se expressar de forma eficaz. É
importante que as pessoas em terapia tenham uma boa relação de confiança.
É importante ressaltar que a própria
natureza da síndrome de borderline pode tornar difícil para as pessoas com este
transtorno manter um vínculo confortável e confiante com seu terapeuta.
*** Consultoria: Ana Gabriela Andriani, psicóloga e doutora pela Unicamp.
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