quarta-feira, 26 de maio de 2021

MAIO É O MÊS PARA ALERTAR A POPULAÇÃO PARA O CÂNCER DE BOCA...

FONTE: Cleusa Duarte,, Salvador, https://www.trbn.com.br/

Números do Hospital do Câncer revelam que o quantitativo de casos registrados da doença na população masculina é de duas a três vezes maior do que em mulheres.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca  devem ser identificados no Brasil até 2022. Ainda Segundo dados da Instituição, mais de 6.600 brasileiros foram a óbito em decorrência da doença, em 2019, e, embora as estatísticas coloquem a doença entre os 10 tipos de câncer com maior incidência, no Brasil e representando 12% das causas de morte no mundo, o diagnóstico tardio ainda é  um desafio a ser vencido.

“O autocuidado em saúde bucal, a prevenção aos fatores de risco e atenção a alterações nos lábios, gengiva, dentes e cavidade oral, como um todo, são fundamentais. A cavidade oral tem diversas estruturas e isso até confunde um pouco as pessoas, porque a gente tem lábio, bochecha, língua, dentes. Alterações relacionadas ao câncer de boca são muito sutis, até mesmo indolores. De uma forma geral, as pessoas precisam ficar atentas a feridas, machucados que não cicatrizam, úlcera que está difícil de cicatrizar, manchas brancas ou avermelhadas, inchaço, edema, caroço, cistos. No primeiro momento, o paciente, percebendo qualquer alteração, deve procurar o dentista”, orienta Candice Belchior, mestre em ortodontia e doutoranda em odontologia pela Universidade Federal da Bahia.

Entre os fatores de risco associados ao câncer de boca estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a exposição aos raios ultravioleta e o HPV (papilomavírus humano), e estatísticas mostram que a incidência é maior em homens. Números do Hospital do Câncer revelam que o quantitativo de casos registrados da doença na população masculina é de duas a três vezes maior do que em mulheres. 

“A prevenção é evitar fatores de risco. Tem um fator de risco importantíssimo que é o tabagismo. Em todas as suas formas, seja com ou sem filtro, o cigarro é um agravante. Além disso, temos outros fatores que também corroboram com o surgimento do câncer de boca.

Segundo a ortodontista, avaliações de rotina no consultório odontológico podem detectar o câncer de boca em estágios iniciais Existe o autoexame para o câncer de boca, que é essa atenção ao surgimento de nódulos, cisto, linfonodos inflamados na região do pescoço, feridas recorrentes que não cicatrizam. Tudo isso permite que a gente possa detectar de forma precoce a doença. Quanto mais precocemente for detectado, melhor o tratamento”, ressalta Candice Belchior.

De acordo com a dentista, o tratamento bem-sucedido pode partir de uma abordagem multiprofissional, dependendo do tipo de câncer e do estágio. “Vale lembrar que a frequência de ida ao dentista deve ser mantida a cada 6 meses, como prevenção de diversos problemas. Às vezes, as pessoas pensam no consultório na cárie, em fazer uma limpeza, mas, na verdade, a gente tem que se preocupar com outras estruturas que estão ali presentes”, salienta Candice Belchior, que chama a atenção ainda para o combate à desinformação e a conscientização no mês da campanha contra o câncer de boca.

 “O câncer de boca está entre os 10 tipos mais recorrentes de câncer e talvez a gente não dê a devida importância no dia a dia para a prevenção. Temos 15 mil novos casos por ano, são números altos, e há como prevenir. Com hábitos simples e idas ao dentista a gente pode diminuir ou detectar muito cedo esse acometimento”, finaliza a profissional especializada.

Todos os anos no Brasil, o mês de maio alerta para os perigos do câncer de boca e o Inca recomenda a população para os cuidados necessários, “tive câncer de boca há cerca de oito anos e descobri por conta de uma revisão bucal na minha dentista. Foi um tratamento difícil porque envolve uma área sensível que é por onde nos alimentamos. Hoje vivo uma vida mais tranquila e principalmente regrada na alimentação. Faço exames periódicos”, conta a geóloga Ana Rodrigues.

O médico André Labreiro destaca que os estomatologistas são especialistas no diagnóstico das doenças da boca." Eles são os profissionais indicados para analisar e, se necessário, realizar biópsias das lesões da boca e dos ossos maxilares. Desta forma, são grandes aliados no diagnóstico precoce do câncer de boca”.

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