FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A dor crônica é um problema que
atinge 30% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial de Saúde(OMS), e mais
de 60 milhões de pessoas no Brasil, conforme a Sociedade Brasileira de Estudo
da Dor (SBED).
O tratamento pode ser
simples, dependendo do problema que a pessoa tem, mas muitas agravam os
sintomas cometendo erros que podem ser evitados facilmente.
O primeiro equívoco costuma ser a
demora em iniciar o tratamento. “Muitos pacientes não
buscam tratamento quando a dor ainda é um problema discreto, contribuindo para
que ela se agrave a ponto de, em alguns casos, se tornar insuportável” explica
o neurologista José Geraldo Speciali, da SBED.
Quem sente dores ou outros incômodos apenas
de vez em quando pode ter nada mais que sintomas momentâneos. O caso muda
quando os problemas acontecem frequentemente e é ai que o individuo precisa de
tratamento e deve procurar um profissional da área. A SBED preparou uma lista
das sete atitudes mais comuns que atrapalham o tratamento da dor:
1) Esperar a dor passar.
Não é toda dor que passa e o diagnóstico precoce pode evitar consequências mais sérias. “Toda dor é um alerta que o corpo manda para manter sua integridade.
Não é toda dor que passa e o diagnóstico precoce pode evitar consequências mais sérias. “Toda dor é um alerta que o corpo manda para manter sua integridade.
Uma dor aguda no peito, por exemplo, pode
indicar um infarto”, explica o neurologista. Dores como as causadas pela
artrose e artrite reumatoide não tem cura, mas já possuem tratamentos conhecidos.
2) Não fazer exercícios físicos.
Pessoas que sofrem com dores crônicas tendem a têm medo de praticar exercícios físicos, quando essa pode ser a solução. “Evitar o movimento quando existe uma dor faz com que a musculatura mais próxima à região dolorosa acabe tensionada. Uma dor no quadril pode gerar tensão na lombar e até uma dor de cabeça”, afirma a fisioterapeuta Mariana Schamas.
Pessoas que sofrem com dores crônicas tendem a têm medo de praticar exercícios físicos, quando essa pode ser a solução. “Evitar o movimento quando existe uma dor faz com que a musculatura mais próxima à região dolorosa acabe tensionada. Uma dor no quadril pode gerar tensão na lombar e até uma dor de cabeça”, afirma a fisioterapeuta Mariana Schamas.
3) Evitar a fisioterapia.
Ir à fisioterapia não é das atividades mais agradáveis e muitas pessoas optam por não faze-la por isso. “Essa escolha pode causar prejuízos desnecessários ao organismo, já que o tratamento não medicamentoso ameniza a dor sem sobrecarregar órgãos como os rins e o fígado”, destaca o neurologista José Geraldo. Ele ainda reforça que a fisioterapia costuma fazer menos mal ao corpo do que utilizar medicamentos.
Ir à fisioterapia não é das atividades mais agradáveis e muitas pessoas optam por não faze-la por isso. “Essa escolha pode causar prejuízos desnecessários ao organismo, já que o tratamento não medicamentoso ameniza a dor sem sobrecarregar órgãos como os rins e o fígado”, destaca o neurologista José Geraldo. Ele ainda reforça que a fisioterapia costuma fazer menos mal ao corpo do que utilizar medicamentos.
4) Não realizar tratamentos
complementares.
Acupuntura e meditação, por exemplo, não são levadas a sério por muitas pessoas. A Universidade da Carolina do Norte (EUA) analisou 500 estudantes que meditaram 20 minutos por três dias consecutivos.
Acupuntura e meditação, por exemplo, não são levadas a sério por muitas pessoas. A Universidade da Carolina do Norte (EUA) analisou 500 estudantes que meditaram 20 minutos por três dias consecutivos.
Os resultados,
publicados no The Journal of Pain, apontaram que a prática ajudou a aliviar a
dor. A acupuntura libera endorfina e serotonina, responsáveis pela sensação de
bem-estar, e assim aliviam as dores.
5) Automedicar-se.
Quem nunca teve dor de cabeça e pediu dicas ou remédios para amigos? “O organismo vai se acostumando ao medicamento de uso contínuo e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor.
Quem nunca teve dor de cabeça e pediu dicas ou remédios para amigos? “O organismo vai se acostumando ao medicamento de uso contínuo e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor.
Sem o analgésico a dor vem mais forte e a
dose precisa ser aumentada”, explica a neurologista Thaís Villa, da Sociedade
Brasileira de Cefaleia. Sempre procure um médico para tomar qualquer
medicamento.
6) Ir ao profissional
especializado.
“Um profissional familiarizado a elas (às dores crônicas) tem formação específica para entender o problema”, esclarece José Geraldo. Algumas formas de dor crônica sequer manifestam-se em exames e por isso dificilmente são detectadas. Por isso, procure primeiro um profissional que entenda a doença e faça o encaminhamento correto, para não ter que ir a muitos médicos.
“Um profissional familiarizado a elas (às dores crônicas) tem formação específica para entender o problema”, esclarece José Geraldo. Algumas formas de dor crônica sequer manifestam-se em exames e por isso dificilmente são detectadas. Por isso, procure primeiro um profissional que entenda a doença e faça o encaminhamento correto, para não ter que ir a muitos médicos.
7) Alterar o tratamento por
conta própria.
Nunca tome atitudes sozinho. Caso você tenha dúvidas ou sugestões para o seu tratamento, converse com o seu médico. O profissional é quem sabe quais medicamentos podem ser usados por longo tempo sem prejudicar seu organismo.
Nunca tome atitudes sozinho. Caso você tenha dúvidas ou sugestões para o seu tratamento, converse com o seu médico. O profissional é quem sabe quais medicamentos podem ser usados por longo tempo sem prejudicar seu organismo.
“Ao decidir abandonar um tratamento por
conta própria, mesmo que ele esteja no final, o paciente está jogando fora tudo
o que foi feito”, afirma José Geraldo Speciali.
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