FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Um estudo apontou que os bebês nascidos com
peso abaixo do normal têm maior chance de desenvolver hiperatividade e
depressão na infância. Para chegar à conclusão, a pesquisa feita pela
Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto comparou a saúde mental de
665 crianças, com idade entre 10 e 11 anos.
Segundo a pesquisadora responsável,
Claudia Mazzer Rodrigues, o estudo dividiu as crianças em cinco grupos de peso:
muito baixo (abaixo de 1,5 quilos), baixo (1,5 kg a 2,5 kg), insuficiente (2,5
kg a 3 kg), normal (3 kg a 4,25 kg) e muito alto (acima de 4,25 kg). Esses
valores são usados como referência pela Organização Mundial da Saúde.
No estudo, constatou-se que as crianças com
peso muito baixo representam a maioria das que têm quadros de problemas
mentais. Entre as 665 crianças avaliadas, 6,9% apresentavam indicadores de
depressão. Os cientistas usaram questionários respondidos pelos pais e pelas
próprias crianças.
No Brasil, de 0,4% a 3% das crianças sofrem
de depressão. Entre os adolescentes, esse número varia de 3,3% a 12,4%. Quem
tem a doença na infância e na adolescência apresenta mais chances de desenvolver
depressão em idade adulta.
Especialistas definem como causas da
depressão em crianças, como perda de vínculos afetivos, divórcio dos pais,
falta de apoio familiar e violência física ou psicológica. Os pais devem ficar
atentos aos primeiros sinais de alerta, que são queda do rendimento escolar,
mudanças repentinas do estado de ânimo, isolamento e tristeza.
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